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E se as máquinas fizerem "delete" da raça humana?

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Marvin Minsky, um dos precursores da inteligência artificial (IA), morreu há poucos dias sem realizar o seu sonho: o de dotar as máquinas de consciência e sentimentos. Mas é exatamente esta possibilidade que está a gerar uma onda de ansiedade entre vários reputados cientistas e académicos. E já há quem garanta que, se nada for feito para controlar os progressos na área, as máquinas terão a possibilidade de carregar no botão e fazer um "delete" da raça humana. Paranoia, histeria ou uma boa oportunidade de prevenir o que poderá não ser possível remediar?

[Imagem: minsky-omni-jun-80-dan-mccoy-x640.jpg]


Bastava ter vivido mais alguns dias e Marvin Minsky teria testemunhado o mais recente triunfo na área que ajudou a criar há 60 anos. Desenvolvido pela Google, o Alpha Go cometeu a proeza de ganhar a um campeão humano naquele que é reconhecido como o mais intelectualmente complexo de todos os jogos de mesa, o milenar e chinês Go [sobre o qual até Confucio falou] e uma década antes do que a maioria dos especialistas no assunto previa. Minsky, pioneiro da inteligência artificial, morreu no passado dia 24 de Janeiro, aos 88 anos e, para os que acreditam no além, pode estar neste preciso momento a discutir com Einstein a comprovação científica da existência das ondas gravitacionais que este previra há 100 anos, isto se, e entretanto, nesse além-vida ou além-morte, a barreira da língua não existir. Ainda jovem, Minsky almoçou com o famoso físico alemão, mas o sotaque carregado deste último ao falar a língua de Shakespeare impediu que os dois génios pudessem ter uma experiência intelectual à altura do cérebro de ambos.

Universalmente considerado como pioneiro e uma das maiores autoridades mundiais na área da inteligência artificial (IA), Minsky começou por estudar Matemática em Harvard, interessou-se pelo campo da genética, mas seria à possibilidade de reproduzir a inteligência humana numa máquina – uma ideia inicialmente proposta por Alan Turing, de quem era amigo – que viria a dedicar a sua vida. Em 1958, e depois de terminado o seu pós-doutoramento em Matemática, e ainda em Harvard, mudar-se-ia para o MIT onde, juntamente com outro cientista da computação, John McCarthy, fundaria o primeiro laboratório de Inteligência Artificial, sendo também, já em 1986, membro fundador do famoso Media Lab da mesma instituição. Cientista e filósofo, a sua influência nas várias ciências computacionais foi sempre acompanhada pelos mistérios da inteligência e pensamento humanos, processos que, acreditava, não seriam assim tão diferentes quando transpostos para as máquinas.

Desde os anos 50 que Minsky trabalhou em “desafios” computacionais para caracterizar os processos psicológicos humanos, ao mesmo tempo que produzia teorias para dotar as máquinas de inteligência. No livro que publicou em meados da década de 80, “The Society of Mind” – e que combinava perspetivas sobre a psicologia do desenvolvimento infantil e a pesquisa da inteligência artificial, – sublinhava a sua crença inabalável de que não existia uma verdadeira diferença entre humanos e máquinas, na medida em que os primeiros eram, afinal, máquinas cujos cérebros eram compostos por muito agentes semi-autónomos, mas não inteligentes e que, para desenvolverem tarefas diferentes, exigiam mecanismos totalmente distintos. Tal como as máquinas. Esta teoria (desenvolvida em conjunto com o também cientista e pedagogo Seymour Papert) revolucionou o pensamento vigente sobre o funcionamento do cérebro e também sobre a aprendizagem humana.

Num paper escrito em 1982, Minsky explicava: “Tal como a Evolução alterou a visão do homem no que respeita à Vida, a Inteligência Artificial irá alterar a visão da Mente. À medida que encontramos mais formas de as máquinas se comportarem de uma maneira mais sensível, mais aprenderemos sobre os nossos processos mentais. E, ao longo deste caminho, encontraremos também novas formas de pensar sobre o ‘pensamento’ e sobre o ‘sentimento’. A visão que teremos de ambos alterar-se-á de mistérios opacos para redes complexas, mas ainda sim compreensíveis, para representar e utilizar ideias. Por seu turno, essas ideias irão originar novas máquinas e essas, por sua vez, permitir-nos-ão ter mais ideias. Ninguém pode afirmar até onde tudo isto nos irá levar e existe apenas uma certeza: não há nada, hoje, que nos permita afirmar que existem quaisquer diferenças básicas entre as mentes dos homens e aquelas que poderão existir em possíveis máquinas”.

Para o homem que, em outubro passado, foi entrevistado pela Technology Review do MIT e confessou considerar os avanços na inteligência artificial das décadas de 50 e 60 do século passado muito mais empolgantes do que os da atualidade, o que pensaria se soubesse que, dois dias depois da sua morte, a revista Wired pediria ao robot Wordsmith, o bot criado pela Automated Insights e que “redige” notícias “à medida das necessidades dos clientes”, para escrever o seu obituário?

A pergunta permanecerá sem resposta, mas são muitas outras as que se colocam face aos progressos da IA nas últimas décadas. Se as máquinas ainda não podem pensar ou sentir tal como Minsky considerava ser possível, a verdade é que o seu trabalho inspirou várias gerações e muitos dos seus alunos são hoje especialistas na área – como Ray Kurzweil, o visionário, inventor e defensor da Singularidade – conceito que defende que o progresso tecnológico irá culminar numa fusão entre a inteligência humana e a das máquinas -, ou Gerald Sussman, reconhecido investigador e professor no MIT ou ainda Patrick Winston, que sucedeu aos destinos do AI Lab depois de Minsky se ter retirado. E também não é de admirar que tanto Stanley Kubrick como Arthur C. Clarke o tenham consultado enquanto congeminavam o argumento de 2001: Odisseia no Espaço.

Mas e afinal, e em plena adolescência do século XXI, estão os humanos mais perto de dotar as máquinas de “consciência” ou estarão as máquinas, num futuro não muito distante, prestes a ultrapassar a inteligência dos humanos e a preparem-se, tal como temem muitos profetas da tecnodesgraça, fazer um “delete” da raça humana?

“A natureza darwiniana brutal da evolução tecnológica”

[Imagem: roboat-686e89cfaa1f57a79-9adb3a2,630,0,0,0.jpg]

Quando Isaac Asimov começou a escrever sobre robots na década de 40 do século passado, desenvolveu três regras para os ditos, sendo a número um aquela que clama que “um robot não pode causar mal a um ser humano ou, por inação, permitir que um humano sofra algum mal”. Provado que está que a realidade, em muitos casos, já ultrapassou a ficção científica, são muitos os cientistas, académicos, filósofos, empreendedores, especialistas em tecnologia e outros observadores do progresso acelerado que pauta as áreas da ciência e da tecnologia que têm vindo a alertar para uma ausência de controlo em todos estes avanços.

E, em alguns casos e sem histeria, é possível dar-lhes razão. Por exemplo, em Julho de 2015, na International Joint Conference on Artificial Intelligence, um conjunto de especialistas da área, entre os quais os (re)conhecidos Stephen Hawking, Elon Musk, Steve Wozniak ou Noam Chomsky, divulgariam uma carta aberta contra as denominadas “armas autónomas” que, graças à inteligência artificial, conseguem selecionar e atingir alvos sem qualquer intervenção humana. No documento que mais tarde viria a ser subscrito por mais de 14 mil outros cientistas de várias áreas, alertava-se para a inevitabilidade, caso não se faça nada, de este tipo de armas se transformar nas “Kalashnikovs de amanhã”. É que, ao contrário das armas nucleares, a produção deste tipo de armamento não exige custos elevados nem materiais difíceis de obter, sendo fácil a sua produção massificada. E, para os subscritores desta carta, é apenas uma questão de tempo até que as mesmas comecem “a aparecer no mercado negro e nas mãos de terroristas, de ditadores que desejam controlar melhor as suas populações, da senhores da guerra que pretendam perpetrar limpezas étnicas, etc.”.

Esta carta aberta, disponível no Future of Life Institute, é apenas uma das várias manifestações de apreensão que começa a ter cada vez mais adeptos no que respeita aos perigos e ameaças que se escondem por trás dos avanços na IA. E, apesar de, na generalidade, nem o mundo científico nem o mundo académico estarem convencidos que a inteligência artificial é uma ameaça iminente, a verdade é que alguns dos seus respeitados especialistas têm vindo a debater o assunto não só nos seus círculos internos, mas também e obviamente nos media e a apelar para que alguma coisa seja feita para que não chegue o dia em que poderá ser tarde demais para os humanos controlarem as máquinas.

Com menos ou mais histeria, e apesar de não existirem ainda máquinas – ao que se sabe – que estejam “no controlo”, também sabemos que a inteligência artificial faz parte integrante do nosso quotidiano, mesmo que tal facto não ocupe lugar ou preocupação alguma nas nossas mentes. Como escreve o repórter do Washington Times, Joel Achenbach, em The Resistance: Digital Dissent in the Age of Machines, “os computadores já pilotam aviões sozinhos, os carros sem condutor estão praticamente ao nosso dispor, os algoritmos antecipam as nossas necessidades e decidem que tipo de anúncios é que deveremos ver, as máquinas já criam peças jornalísticas e conseguem reconhecer o nosso rosto no meio de uma multidão”. Tudo isto em (con)fusão com a engenharia genética – basta estar atento aos media e vemos que a terapia de edição de genes, entre outros avanços inimagináveis, começa a ser notícia, e com a nanotecnologia (os bots de que fala Ray Kurzweil nos seus livros sobre a Era da Singularidade e que podem coexistir no interior do corpo humano e serem programados para tarefas específicas) a dar cartas em inúmeras áreas. E a lista poderia continuar.

Por outro lado, e apesar de o sonho de Minsky de dotar as máquinas de consciência ou sentimentos ainda não se ter verificado, também é verdade que a evolução tecnológica aparenta ser uma corrida rápida e sem limites preestabelecidos. Como escreve Tom Chatfield, num interessante artigo do The Guardian, intitulado “O que significa ser humano na era da tecnologia”, a nossa interdependência com as máquinas é um facto consumado e há que reconhecer “a natureza darwiniana brutal da evolução tecnológica”. Chatfield alerta também para o facto de “apesar de as nossas máquinas ainda não estarem ‘vivas’, as pressões evolucionárias que as rodeiam são tão intensas quanto as que existem na natureza, mas com uma dose muito menor dos seus constrangimentos”. E, a este propósito cita o filósofo Daniel Dennett, entre outros [que apesar de considerarem que a Singularidade, enquanto o “momento fatal em que a IA irá ultrapassar a inteligência dos seus criadores e tomar conta do mundo” está ainda a muitos séculos de distância, mas mais vale prevenir que remediar], que afirma que a lógica de atualização e aperfeiçoamento constante vai muito além de áreas como as finanças, a indústria do armamento ou a da produção. “Se se provar que um algoritmo pode produzir diagnósticos mais consistentemente rigorosos do que um médico, então a recusa em utilizá-lo será, em simultâneo, não ética e legalmente questionável”. A verdade é que neste momento, e apesar da frustração manifestada por Minsky face aos verdadeiros - ou questionáveis – avanços na inteligência artificial, são muito poucas as áreas de “esforço humano” que permanecem intocáveis em termos tecnológicos.

E parece ser este esforço de antecipação aos perigos que deles podem emergir que move figuras incontornáveis como Stephen Hawking, por exemplo, a darem a cara por movimentos que, apesar de não serem contra os progressos da AI, estão preocupados com as inúmeras questões éticas que lhes estão inerentes, em conjunto com a necessidade de existir algum tipo de “autoridade” que lhes imponha limites e controlos apropriados, seja lá o que isto queira dizer.

Max Tegmark, professor de física no MIT, tem vindo a encabeçar um destes movimentos. Como conta Joel Aschenbach no seu livro acima referido, Tegmark é um de vários cientistas que acredita que a inteligência artificial poderá vir a ser o melhor ou o pior que pode acontecer à raça humana.

Em 2014, Tegmark reuniu em sua casa 33 cientistas para discutirem as ameaças existenciais originárias dos avanços da IA, tendo de seguida persuadido várias personalidades do mundo da ciência, da tecnologia e do entretenimento para fundarem o já acima referido Future of Life Institute (FLI). A missão desta organização sem fins lucrativos visa catalisar e apoiar pesquisas e iniciativas que salvaguardem a vida [humana], ao mesmo tempo que espera contribuir para o desenvolvimento de visões otimistas para o futuro, incluindo formas positivas para a humanidade se manter no seu próprio caminho tendo em conta as novas tecnologias e respetivos desafios.

O próprio Hawking consta do quadro de fundadores do FLI e, dado o seu mediatismo, foi a figura estrategicamente escolhida para afirmar, numa entrevista à BBC, que a IA, se não eficazmente controlada, poderia ditar o fim da raça humana. Tegmark escolheu também para companheiros desta cruzada o laureado com o Nobel da Física Francis Wilczek, o famoso investigador em IA Stuart Russel, o ator Morgan Freeman, o fundador do Skype Jaan Tallinn e também Elon Musk que, por sua vez, é também o fundador de outra iniciativa sem fins lucrativos, a OpenAI que, em conjunto com muitos insiders de Silicon Valley, cientistas e engenheiros, pretende manter a inteligência artificial como uma “extensão das vontades humanas”, assente na premissa de que é tão difícil imaginar o quanto esta pode beneficiar a sociedade, como o quão perigosa a mesma pode vir a ser se construída ou usada de forma incorreta. De sublinhar também que Musk é um dos maiores investidores, em conjunto com Mark Zuckerberg do Facebook e o actor Ashton Kuchner, de uma empresa cujo principal objectivo é construir um robot que pense como uma pessoa, através de uma rede neural capaz de replicar a parte do cérebro que controla a visão, os movimentos do corpo e a linguagem. Todavia, é também da sua autoria a frase que reza que “com a inteligência artificial, poderemos estar a convocar o demónio”.

Superinteligência, superestupidez ou Xanax precisa-se?

[Imagem: E8BDE0833263339583E6B47EB0091D37.jpg]

Se, à luz da lógica e da inversão do ditado que afirma “casa roubada, trancas à porta”, estas iniciativas e movimentos parecem fazer sentido, também é verdade que os progressos ditados pela inteligência artificial constituem terreno fértil para muita imaginação e fundamentalismo. Que o diga o filósofo sueco Nick Bostrom, professor em Oxford e amigo e aliado intelectual de Tegmark, autor do livro “Superintelligence: Paths, Dangers, Strategies”. Bostrom é inigualável no que respeita a divisar cenários apocalípticos e, como refere Aschenbach, na sua mente “a extinção humana poderá ser só o início”. Se assim for, na verdade, não teremos muito com que nos preocupar, visto já termos entretanto desaparecido. Mas se existem muitos tecnoprofetas da desgraça - como existem outros tantos que passam a sua vida a tentar acertar no dia do juízo final – o que mais impressiona em Bostrom, fundador da Humanity +, uma organização internacional que defende a utilização ética da tecnologia para a expansão das capacidades humanas e também do Institute for Ethics & Emerging Technologies, é o facto de ser um académico mundialmente respeitado.

Muito resumidamente, a história que conta no seu mais recente livro tem como premissa uma determinada máquina (programada para fazer clips) que vai ganhando inteligência e poder contínuos sem nunca desenvolver quaisquer valores humanos, e que acaba por transformar, quando atinge a sua superinteligência, toda a Terra - inclusive a raça humana – em … clips. Sim, está na hora do leitor sorrir e convencer-se que Bostrom é completamente lunático. Mas bastará ler o resumo do livro disponível na Internet ou pesquisar um pouco mais acerca de Bostrom para, pelo menos, lhe dar algum crédito. Crente que chegará a altura, mais ou cedo mais tarde, em que os “cérebros das máquinas” ultrapassarão os dos humanos em termos de intelecto, gerando-se a tal superinteligência, será esta a poder substituir os humanos como forma de vida dominante na Terra. Máquinas suficientemente inteligentes poderão aperfeiçoar as suas capacidades de uma forma muito mais rápida comparativamente às dos cientistas humanos. E, como escreve “tal como o destino dos gorilas depende agora mais dos humanos do que das suas próprias ações, o mesmo acontecerá com o destino da humanidade futura, a qual dependerá das ações das máquinas superinteligentes”.

Apesar do tom catastrófico assumido por Bostrom nos seus livros, papers e nas inúmeras conferências que profere no mundo académico e científico, o filósofo é a favor da criação desta superinteligência, mas apenas se a mesma for alvo de uma cuidada e apertada vigilância, com salvaguardas suficientes que assegurem que estas máquinas não escaparão ao controlo humano e que não colocarão em perigo a existência futura da humanidade.

Bostrom é considerado como um dos expoentes máximos em termos de “ansiedade” face ao futuro da tecnologia. Mas e como refere o jornalista do Washington Post que acompanha esta área, esta “ansiedade” parece estar a ganhar cada vez mais adeptos, sendo similar à paranoia que se instalou nos anos 50 do século passado, quando óvnis e extraterrestres povoavam o imaginário humano e as telas de Hollywood. E dá um exemplo de um dos cenários imaginados por Bostrom: “imagine que os engenheiros humanos programam as máquinas para, e seguindo a regra de Asimov, não magoarem nunca os seus ‘criadores’. Mas vá ainda mais longe e imagine que as máquinas decidem que a melhor forma de obedecerem ao comando ‘não-magoar-os-humanos’ será através de uma prevenção ‘radical’ que passará por acabar com o nascimento de qualquer um deles”.

Apesar de o filósofo sueco não afirmar que isto vai acontecer (fazê-lo seria o mesmo que assumir uma completa insanidade) e de concordar que, graças às tecnologias, somos todos testemunhas de alterações radicais no que respeita à população humana e à prosperidade económica, na sua visão “a existência moderna é uma anomalia, criada em grande parte pela tecnologia, visto que as nossas ferramentas conseguiram esmagar, subitamente, as restrições da natureza”. Ou, como defende também, “estamos no comando agora ou pelo menos parecemos estar”. Por enquanto.

Bostrom, que pertence também ao quadro de fundadores do Future of Life Institute não está, de todo, sozinho, nesta cruzada e, tal como Hawking surpreendeu o mundo ao afirmar que “a IA pode vir a ser o maior erro cometido na nossa História”, os resultados que se seguiram a uma conferência, organizada por Tegmark para discutir as potenciais ameaças da IA, são dignos de reflexão: em pouco tempo, e em conjunto com os 10 milhões de dólares oferecidos por Elon Musk para financiar a pesquisa do FLI, 300 equipas de investigadores enviaram propostas para diminuir os potenciais riscos da inteligência artificial.

Claro que entre a comunidade científica as opiniões são muito divergentes. Por exemplo, Boriz Katz, também ele investigador em IA no MIT, afirma que, ao contrário do que defende Bostrom, “o que estamos a fazer hoje é produzir entidades super-estúpidas que cometem erros”, afirma. “As máquinas são perigosas porque lhes estamos a dar demasiado poder, poder esse que serve para agirem como resposta a inputs sensoriais. Mas o problema é que estas regras não estão a ser convenientemente pensadas, o que resulta em que, por vezes, a máquina aja da forma errada”, acrescenta, assegurando ainda que isto acontece, mas nada tem a ver com a possibilidade de as máquinas nos quererem matar.

Aleluia, diremos nós, respirando de alívio. Mas, se voltarmos às visões da dupla Tegmark e Bostrom, que acreditam piamente que “a inteligência humana ocupa apenas um espaço minúsculo no grande esquema das coisas” e que será a nossa inteligência que nos permitirá “go galactic ou intergalactic”, Bostrom está convencido que será a IA a abrir portas a um conjunto alargado de possibilidades e capacidades e “que permitirá a colonização espacial ilimitada, o upload de mentes humanas nos computadores e também civilizações intergalácticas com mentes de dimensão planetária que viverão ao longo de milhares de milhões de anos”.

E, mais uma vez, este Bostrom é louco? É tão alegadamente louco que sublinha também que “se não excluímos a hipótese de que uma máquina possa criar uma simulação da existência humana, teremos de assumir que é extremamente provável que já estejamos a viver no interior dessa mesma simulação”. Se o filósofo é fã da trilogia Matrix, não sabemos. Mas a verdade é que ele não nega a possibilidade de ele próprio estar já numa máquina com esta natureza.

Quanto a Einstein e depois dos 100 anos que tiveram de passar para que a sua teoria fosse comprovada, foi também visionário quando afirmou que “se está a tornar assustadoramente obvio que a nossa tecnologia tenha ultrapassado a nossa humanidade”. Ao que Minsky provavelmente responderia com uma frase que também o tornou famoso: “nenhum computador foi ainda concebido para ter consciência daquilo que está a fazer; mas, e na maior parte do tempo, o mesmo acontece com os humanos”.



A Mente Translinguística

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Os Alucinógenos à base de Triptaminas e a Consciência
(Retirado de: O Retorno à Cultura Arcaica)

Existe na natureza orgânica uma área muito restrita que, em minha opinião, tem importantes implicações para os estudiosos da natureza humana, refiro-me aos alucinógenos derivados do triptofano – a dimetiltriptamina (DMT), a Psilocibina e uma droga híbrida usada pelos aborígenes das florestas úmidas da América do Sul, o Ayahuasca. Este último é uma combinação de dimetiltriptamina e uma substancia inibidora, administrada por via oral. Parece-me adequado falar dessas drogas quando discutimos a natureza da consciência – e também quando discutimos a física quântica.

É minha opinião que os principais fenômenos da mecânica quântica experimentados por todos nós, além da própria consciência em estado de vigília, são os sonhos e as alucinações. Esses estados, pelo menos no sentido restrito que me interessa, ocorrem quando grandes quantidades dos vários tipos de radiação transmitidos ao corpo através dos sentidos são cerceadas.

Em tais casos, vemos imagens e processos psicofísicos interiores. Esses processos surgem comprovadamente ao nível da mecânica quântica. John Smythies, Alexander Shulgin e outros demonstraram que existem correlativos de mecânica quântica na alucinogênese. Em outras palavras, quando se desloca um átomo da cadeia molecular de um composto inativo, este se torna altamente ativo. para mim, isso é prova cabal da vinculação dinâmica, ao nível formativo, entre a matéria e a mente descritas em termos de mecânica quântica.

Os estados alucinatórios podem ser induzidos por vários alucinógenos e anestésicos dissociativos, bem como por experiências como o jejum e outras provações. Mas o que torna especialmente interessante a família de compostos de triptamina é a intensidade das alucinações e o fato de a atividade se concentrar no córtex visual. Essas paisagens interiores são intensamente vívidas, como se as informações estivessem sendo apresentadas em três dimensões e distribuídas em quatro dimensões, codificadas como luz e como superfícies em evolução.

Ao confrontar essas dimensões, a pessoa se torna parte de uma relação dinâmica com a experiência, enquanto tenta descodificar o que ela está dizendo. O fenômeno não é novo: o diálogo dos seres humanos com deuses e demônios é mais freqüente na história humana que a ausência desse diálogo.

É apenas a presunção das sociedades científicas e tecnológicas pós-industriais que nos leva a enunciar certas perguntas que nos parecem muito importantes. por exemplo, a questão do contato com extraterrestres é um tipo de subterfúgio baseado em certas premissas que um mínimo de reflexão demonstrará serem inteiramente falsas. Procurar ansiosamente um sinal de rádio proveniente de uma fonte extraterrestre é provavelmente uma presunção tão peculiar à nossa cultura quanto pesquisar a galáxia em busca de um bom restaurante italiano. No entanto, foi esse o caminho escolhido como aquele no qual o contato provavelmente ocorrerá. Enquanto isso, existem pessoas no mundo inteiro – sensitivos, xamãs, místicos, esquizofrênicos – cuja cabeça anda cheia de informações, mas essas informações foram tachadas a priori de irrelevantes, incoerentes ou loucas. Somente aquilo que é validado pelo consenso via certas instrumentalidades sancionadas é aceito como sinal. O problema é que estamos, na verdade, tão imersos em sinais – tão mergulhados nessas outras dimensões – que há um bocado de ruído no circuito.

Ouvir uma voz dentro da cabeça não é grande coisa. A grande coisa é sabermos se estamos ou não ouvindo verdades, pois existem várias espécies de demônios: “Alguns são feitos de íons, outros de mente; e os de acetamina são cegos e costumam gaguejar.” A reação a essas vozes não é ajoelharmo-nos como diante de um deus, pois então estaríamos nos comportando como Dorothy em seu primeiro encontro com o Mágico de Oz. Para que haja dignidade no universo, devemos enfrentar essas coisas de pé, e isso significa uma relação de igual para igual. A pessoa diz ao Desconhecido: “Você alega onisciência, onipresença, ou diz ter vindo de Zeta Reticuli. fala muito, mas o que tem a me mostrar?” Os magos, as pessoas que invocam essas coisas, sempre souberam que devemos conservar toda a nossa lucidez quando vamos a tais encontros.

O que tem a comunicação com extraterrestres a ver com a família de compostos alucinógenos que pretendo discutir? Simplesmente isto: não se tem dado a devida atenção à fenomenologia de apresentação dessa família de compostos. A psilocibina, embora rara, é a mais conhecida de todas essas substâncias negligenciadas. Na mente do público desinformado e aos olhos da lei, a psilocibina faz parte do mesmo grupo que o LSD e a mescalina, quando na verdade cada um desses compostos constitui um universo próprio, fenomenologicamente definido. A psilocibina e o DMT invocam o Logos, embora a ação do DMT seja mais intensa e menos duradoura. Isto significa que essas duas drogas atuam mais diretamente sobre os centros da linguagem, de modo que um dos aspectos importantes da experiência é o diálogo interior. Assim que descobre essa peculiaridade da psilocibina e das triptaminas em geral, a pessoa deve decidir se vai participar ou não do diálogo e tentar compreender o sinal que recebe. Foi o que eu tentei fazer.

Considero-me mais explorador que cientista, porque a área que estou me referindo não contém dados suficientes para justificar sequer o sonho de ser uma ciência. Nossa posição é comparável à do explorador que traça o mapa de um rio e apenas indica a existência de outros tributários; não podemos subir todos eles e, portanto, nada podemos dizer sobre eles. Essa coleta de dados à moda de Bacon, sem pressupostos acerca do que venha a ser o resultado, levou-me a várias conclusões que eu não tinha previsto. Talvez me seja possível, através de reminiscências, explicar o que quero dizer, pois neste caso a descrição de experiências passadas traz à luz todas as questões.

Experimentei DMT pela primeira vez em 1965; tratava-se mesmo naquela época, de um composto raramente usado. É surpreendente quão poucas pessoas estão familiarizadas com o DMT, visto que vivemos em uma sociedade absolutamente obcecada com todo tipo de sensação imaginável e que adora todas as terapias, todas as intoxicações, toda configuração sexual e todas as formas de sobrecarga da mídia. Contudo, por mais hedonistas ou amantes do bizarro, achamos que o DMT é demais. Quando se fuma DMT, a experiência começa em aproximadamente quinze segundos. Cai-se imediatamenteem transe. Mantêm-seos olhos fechados e ouve-se um som como o rasgar de celofane, como se alguém estivesse amassando uma folha de plástico para jogá-la fora. Um amigo meu diz que isso é provocado por nossa enteléquia radiofônica, ao rasgar a matriz orgânica. ouve-se um som que vai aumentando de intensidade. há também a modalidade alucinógena normal, uma superfície geométrica móvel de formas coloridas que mudam constantemente. Na região da atividade sináptica, todos os pontos de ligação disponíveis estão sendo ocupados, e a pessoa sente a mudança de modalidade que ocorre durante um período de aproximadamente trinta segundos. É então que se chega a um local impossível de descrever, um espaço que dá a impressão de ser subterrâneo ou isolado de algum modo, encimado por uma cúpula.

Em Finnegans Wake, esse espaço é chamado “merry go raum“(espaço-carrossel), da palavra alemã raum, que significa “espaço”. A sala está realmente girando e, nesse espaço, a pessoa se sente como uma criança, embora esteja em algum lugar da eternidade. Essa experiência sempre me faz lembrar o vigésimo quarto fragmento de Heráclito: “A eternidade é uma criança, um elfo que brinca com balões coloridos.” A pessoa não só se torna a eternidade brincando com balões coloridos, mas entra também em contato com outras entidades. No livro que eu e meu irmão escrevemos, The Invisible Landscape, descrevo essas entidades como elfos mecânicos que se auto-transformam, pois é o que parecem ser. Parecem estar dinamicamente contorcendo módulos topológicos que são de certa forma distintos do ambiente em que estamos, o qual também se acha em contínua transformação. lembram-me a cena da versão cinematográfica de O Mágco de Oz, depois que o munchkins aparecem com a certidão de óbito da Bruxa do Leste.

Numa voz esganiçada, entoam uma canção que diz que a bruxa está “absoluta e completamente morta”. Os munchkins da triptamina, esses elfos mecânicos e hiperdimensionais aparecem e nos envolvemem amor. Não amor erótico, mas comunicativo e franco. Dá-nos a sensação agradável. Esses seres são como reflexos fractais de nossa própria psique, reflexos antes ocultos que, subitamente, adquirem autonomia. E dizem: “Não tenha medo. Lembre-se, faça o que estamos fazendo.” Uma das características do DMT é que, às vezes, nos inspira medo – o que demonstra que a experiência é existencialmente autêntica. Um método interessante de avaliar um composto é verificar se a pessoa deseja ou não experimentá-lo outra vez. Certa dose de terror imprime validade à experiência, pois significa que ela é real. Vacilamos. Lemos a literatura, conhecemos as doses máximas, o LD-50 e tudo mais.

Ainda assim, tão grande é a fé em nossa mente que, quando estamos “viajando”, achamos que as regras da farmacologia realmente não se aplicam, e que o controle da existência nesse plano é, na verdade, uma questão de força de vontade e boa sorte.Não quero dizer que exista algo intrinsecamente bom no terror, mas sim que, dada a situação, a pessoa que não sente medo deve estar, de certa forma, fora de contato com a plena dinâmica do que está acontecendo. Não sentir medo significa que ou se é tolo ou se ingeriu um composto que paralisa a capacidade de sentir medo. Nada tenho contra o hedonismo, o qual sem dúvida me serve de alguma coisa. Mas a experiência deve tocar o coração da pessoa, e não o tocará se não tratar das questões da vida e da morte. Se trata da vida e da morte, levará a pessoa às regiões do medo, do choro ou do riso, as quais são profundamente estranhas e alienígenas.

Os elfos fractais parecem nos tranquilizar, dizendo: “Não se preocupe, não se preocupe; faça isto, veja aquilo.” Enquanto isso, a pessoa está inteiramente presente. Seu ego está intato. Seus reflexos de medo estão intatos. Não está, de modo algum, “entorpecida”. Consequentemente, a reação natural é o espanto, um profundo espanto que teimaem persistir. Apessoa respira e o espanto continua. Os elfos dizem: “Não se assombre ao ponto de não poder compreender. Procure não ficar tão espantado. Procure concentrar-se e ver o que estamos fazendo.” O que eles estão fazendo é emitir sons semelhantes à música, semelhantes à linguagem. Esses sons se transformam, sem qualquer momento quantizado de distinção – como Fílon, o Judeu, disse que ocorreria com o Logos quando este se tornasse perfeito -, passando de coisas que ouvimos a coisas que vemos. Ouvimos e vemos uma linguagem de significado estranho. que transmite informações estranhas, impossíveis de serem expressadas em nosso idioma.

Sendo macacos, quando encontramos um objeto translinguístico, estabelece-se na parte posterior de nosso cérebro uma espécie de dissonância cognitiva. tentamos aplicar-lhe linguagem e ele a repele como as penas de uma ave repelem água. tentamos novamente e novamente fracassamos; e essa dissonância cognitiva, a “distorção” ou “vibração” produzida pelo objeto, nos causa admiração, assombro e quase terror. Precisamos controlar isso. E a maneira de controlá-lo é fazer o que as entidades nos aconselham a fazer, fazer o que eles estão fazendo.

Menciono esses “efeitos” para chamar a atenção dos adeptos do experimentalismo, quer sejam xamãs ou cientistas. Esses compostos produzem algo que não faz parte dos aspectos normais que se apresentam na experiência com drogas alucinógenas. Quando se passa a usar a própria voz, certos fenômenos imprevistos se tornam possíveis. Exibimos o fenômeno conhecido como glossalalia, embora diferente da glossalalia clássica, que já foi estudada. Os estudiosos da glossalalia clássica já encontraram poças de saliva de quase meio metro de diâmetro no chão de igrejas da América do Sul, nos locais em que as pessoas estavam ajoelhadas.

Após o fenômeno, o paciente costuma indagar às pessoas que o rodeiam: “Consegui? Falei em uma língua desconhecida?” O fenômeno induzido pelos alucinógenos não é assim; é simplesmente um estado cerebral que permite a expressão da língua fundamental que existe por trás da linguagem, uma linguagem primeva do tipo mencionado por Robert Graves em The White Goddess ou uma língua cabalística do tipo descrito no Zohar, um ur sprach primitivo emitido pela pessoa. Esta descobre que é capaz de construir os objetos extradimensionais – os complexos tridimensionais de luz e cor que se transformam, com tons de sensação e tons de significado. Isso a faz sentir-se como uma criança. A pessoa está brincando com balões coloridos; transformou-se no elfo da Eternidade.

Foi o que me aconteceu, certo dia, em 1966, vinte segundos após fumar DMT. Fiquei estarrecido. Até então eu acreditava ter intatas todas as minhas categorias ontológicas. Já havia experimentado o LSD, e no entanto a coisa me atingiu de repente, como um raio. Ao sair daquele estado, disse comigo mesmo (e o repeti depois muitas vezes): “Não posso acreditar; isso é impossível, inteiramente impossível.” Tinha havido um desvio da gnose que, para mim, provava imediatamente que, aqui e agora, á distância de um quantum, existe em vibração um universo de inteligência ativa que é transumana, hiperdimensional e extremamente alienígena. Chamo-o de Logos, e não tenho opinião formada a respeito. Constantemente estabeleço com ele um diálogo, dizendo: “O que você é? Algum tipo de consciência difusa no ecossistema da Terra? Um deus ou um extraterrestre? Mostre-me o que é.”

Os cogumelos que contêm psilocibina também nos levam ao mundo hipercontínuo da triptamina. A psilocibina é, de fato, uma triptamina psiquicamente ativa. O cogumelo está cheio de respostas às perguntas suscitadas por sua própria presença. A verdadeira história da galáxia nos últimos quatro e meio bilhões de anos é coisa trivial para ele. Pode-se ter acesso a imagens da história cosmológica. Naturalmente, essas experiências levantam a questão da validação independente – pelo menos, essa foi a minha questão durante algum tempo. Mas, quando me familiarizei melhor com os pressupostos epistemológicos da ciência moderna, passei gradualmente a compreender que, no centro, a estrutura do empreendimento intelectual do Ocidente é tão frágil que, aparentemente, ninguém tem certeza de nada. Foi então que me tornei menos relutante em falar sobre essas experiências. São experiências, e, como tal, são dados preliminares. Não se trata de uma dimensão remota e, no entanto, é tão inexprimivelmente extravagante que coloca em dúvida todos os pressupostos históricos da humanidade.

Os cogumelos que contêm psilocibina produzem o mesmo efeito do DMT, embora a experiência leve mais de uma hora até atingir seu ápice e se sustente por várias horas. Há o mesmo confronto com uma inteligência alienígena, e complexos de informação translinguístico extremamente bizarros. Essas experiências sugerem fortemente que existe certa capacidade latente no cérebro/corpo humano que ainda não foi descoberta; contudo, depois que o for, será tão óbvia que passará a fazer parte do corpo principal da evolução cultural. Parece-me que a linguagem é a sombra dessa capacidade, ou, então, essa capacidade será uma nova extensão da linguagem. Talvez seja possível uma linguagem humana na qual a intenção do significado possa ser contemplada no espaço tridimensional. Se isso pode ocorrer quando se usa DMT, significa que, pelo menos em certas circunstâncias, é acessível aos seres humanos. Pode alguém duvidar de que, dentro de dez mil anos e dado um alto envolvimento cultural com esse talento, ele venha a se tornar de utilidade cultural, da mesma forma que a matemática e a linguagem?

Naturalmente, em decorrência do confronto com uma inteligência alienígena dotada de intelecto organizado nessa outra dimensão, muitas teorias foram aventadas. A teoria que apresentei em Psiloccybin: The Magic Mushroom Growerś Guide sustentava que o cogumelo é, de fato, um extraterrestre. Sugeri a hipótese de que o cogumelo Stropharia Cubensis é uma espécie que não se desenvolveu na Terra. Durante o transe provocado pelo cogumelo, fui informado de que toda cultura, quando conhece inteiramente sua informação genética, se reestrutura para fins de sobrevivência. O tipo de reestruturação do cogumelo Stropharia cubensis é uma estratégia de trama micelial quando em contato com superfícies planetárias, e uma estratégia de dispersão de esporos como meio de se transmitir por toda a galáxia.

E, embora me perturbe o modo livre como o teorema da não-localidade de Bell é usado a torto e a direito, ainda assim o intelecto alienígena da outra dimensão parece realmente estar de posse de enorme corpo de informações extraídas da história da galáxia. Ele ou eles dizem que nada há de incomum nisso, que os conceitos humanos de inteligência organizada e de dispersão da vida na galáxia são irremediavelmente culturais, que, há bilhões de anos, a galáxia é uma sociedade organizada. A vida se desenvolve em tantos regimes diferentes de química, temperatura e pressão que a procura de um extraterrestre que se sente para conversar conosco está destinada ao fracasso. A maior dificuldade, nessa busca de extraterrestres, é reconhecê-los. O tempo é tão vasto e as estratégias evolucionárias e os ambientes são tão variados que o difícil é saber se algum contato está sendo feito. O cogumelo Stropharia cubensis, se podemos acreditar no que ele diz em um de seus estados de ânimo, é um simbionte, e deseja uma simbiose cada vez mais profunda com a espécie humana. há muito tempo entrou em simbiose com a sociedade humana, associando-se ao gado doméstico e, através dele, a nômades humanos.

Como as plantas e o gado cultivados por homens e mulheres, o cogumelo pôde insinuar-se na família humana, de modo que, aonde quer que os genes humanos fossem, esses outros genes seriam levados.

Mas os antigos cultos mexicanos do cogumelo foram destruídos com o advento da conquista espanhola. Os franciscanos supunham ter o absoluto monopólio da teofagia, o ato de devorar um deus; contudo, no Novo Mundo encontraram um povo que dava a certo cogumelo o nome de teonanacatl, a carne dos deuses. Trataram de combater esse povo, e a velha religião foi expulsa pela Inquisição para as montanhas de Oaxaca, de modo que só subsistia em algumas aldeias quando Valentina e Gordon Wasson lá encontraram, nos anos 50.

Existe outra metáfora. É preciso encontrar um meio-termo entre essas explicações. Parecerá agora que eu realmente não creio que o cogumelo seja um extraterrestre. Em vez disso, talvez uma das minhas suspeitas recentes esteja correta – que, na atual cultura, a alma humana está tão distanciada de nós que a tratamos como a um extraterrestre. Para nós, uma das coisas mais alienígenas do cosmo é a alma humana. Alienígenas à moda de Hollywood poderiam chegar à Terra amanhã; o transe do DMT continuaria a ser mais fantástico e a prometer mais informações úteis para o futuro humano, pois é suficientemente forte para isso.

A ignorância forçou o culto do cogumelo a esconder-se. Algum tempo antes, a ignorância havia queimado as bibliotecas do mundo helênico e dispersado o conhecimento antigo, destroçando uma máquina estelar e astrológica cuja construção tinha levado séculos. O que chamo de ignorância é a tradição heleno-cristã-judaica. Os herdeiros dessa tradição construíram um triunfo de mecanismo. Foram eles que, mais tarde, realizaram os sonhos alquímicos dos séculos XV e XVI – e os do século XX -, transformando os elementos e descobrindo o transplante de genes.

Mas depois, tendo conquistado o Novo Mundo e forçado a fragmentação e a diáspora do povo dessas novas terras, esbarraram inesperadamente no corpo de Osíris – o corpo condensado de Eros – nas montanhas do México, onde Eros se havia refugiado por ocasião do advento de Cristo. E, por encontrarem o cogumelo, desencadearam os poderes deste último.

Em um dos seus romances, Valis, Phillip H. Dick fala da longa hibernação do Logos. Criatura de pura informação, o Logos foi enterrado no subsolo juntamente com a Biblioteca de Chenoboskion, por volta de 370 d.C. Como informação estática, subsistiu por lá até 1947, quando os textos foram trazidos e lidos. Assim que as pessoas assimilaram as informações, o simbionte renasceu, pois, sendo a consciência do cogumelo, foi imaginado por Dick como consciência do Desconhecido no hiper-espaço – isto é, nos sonhos e no transe da psilocibina, na base quântica do ser, na natureza humana, e no Além. Todas essas regiões, que se acreditavam estanques, são agora vistas como partes de um único contínuo. A História é uma corrida por sobre os dez ou quinze mil anos que separam o nomadismo dos discos voadores, supostamente sem que se rompa o envelope do planeta a ponto de abortar e frustrar o renascimento, deixando-nos como embrutecidos prisioneiros da matéria.

A História é a onda de choque da escatologia. Existe algo no fim do tempo cuja sombra se projeta por toda a história humana, atraindo para si todo o humano vir-a-ser. Todas as guerras, as filosofias, os estupros, as pilhagens, as migrações, as cidades, as civilizações – tudo isso ocupa um microssegundo de tempo geológico, planetário e galático, durante o qual o macaco reage ao simbionte que está no ambiente e transmite à humanidade informações acerca de um contexto maior. Não pertenço à escola que atribui todas as nossas realizações a conhecimentos que nos foram doados por alienígenas benévolos; espero que o que estou descrevendo seja algo mais profundo que isso.

À medida que os sistemas nervosos evoluem para níveis cada vez mais elevados, passam a compreender cada vez mais a verdadeira situação da qual fazem parte. E a verdadeira situação da qual fazemos parte é um organismo, uma organização de inteligência ativa em escala galática. Nossa ciência e nossa matemática talvez sejam limitadas por nossa cultura. Não podemos saber ao certo, porque nunca lidamos com uma matemática alienígena ou uma cultura alienígena, a não ser no contexto do ocultismo, e a evidência do ocultismo é inaceitável para os guardiães da verdade científica. Isto significa que o conteúdo da experiência xamanística e de êxtases induzidos por plantas é inaceitável, muito embora esses fenômenos sejam fontes de novos insumos e fatores de introdução desses insumos no plenum do ser.

Pensem nisso por um momento: se a mente humana não se afigura grandiosa na futura história da raça humana, então o que será de nós? O futuro não pode deixar de ser psicodélico, porque o futuro pertence à mente. Hoje, estamos apenas começando a mexer com os botões da mente. Uma vez que apliquemos a isso um método sério de engenharia, descobriremos a plasticidade, a mutabilidade, a natureza eterna da mente, e, creio, a libertaremos do macaco. Vejo o futuro final da humanidade como um esforço no sentido de exteriorizar a alma e interiorizar o corpo, de modo que a alma exterior passará a existir como uma lente supercondutora de matéria translinguística, gerada fora do corpo de cada um de nós em um momento crítico de nosso bar mitzvah psicodélico. Daí por diante, seremos eternos em algum ponto da matriz de estado sólido da mente translinguística em que nos transformamos. A imagem do nosso corpo existirá sob a forma de onda holográfica, enquanto nos deleitamos nos campos do Senhor e vivemos no Paraíso.

Outros macacos inteligentes já povoaram este planeta. Nós os exterminamos, de modo que agora somos os únicos

Mas o que está à solta nesse planeta é a linguagem, são sistemas de informação que se auto-reproduzem, refletindo funções do DNA: aprendizagem, codificação, criação de moldes, registro, experimentação, re-experimentação, recodificação segundo funções do DNA. Por outro lado, a linguagem pode ser uma qualidade de natureza inteiramente diferente. O que quer que seja a linguagem, está agora dentro de nós, macacos, movendo-se dentro de nós e escapando de nossas mãos para a noosfera que criamos e que nos rodeia.

O estado induzido pelas triptaminas parece ser, em certo sentido, transtemporal; é uma antevisão do futuro. É como se a metáfora de Platão fosse verdadeira – como se o tempo fosse a imagem móvel da eternidade, e como se, no êxtase provocado pelas triptaminas, saíssemos da imagem móvel para ingressar na eternidade, a eternidade do “estar agora”, do nunc stans de Tomás de Aquino. Nesse estado, percebemos que a história humana leva a esse momento culminante. Há uma visível aceleração de todos os processos que nos rodeiam: o fato de que o fogo foi descoberto há vários milhões de anos; que a linguagem passou a existir, talvez há 35 mil anos; a mensuração, há cinco mil; Galileu, há quatrocentos; depois, Watson-Crick e o DNA. É óbvio que o que está acontecendo é que tudo passa a formar um todo único. Por outro lado, a descrição do universo que os físicos nos oferecem – que o universo existe há bilhões de anos e existirá durante outros bilhões de anos no futuro – é um conceito dualista, uma projeção indutiva, muito pouco sofisticada, quando aplicada à natureza da consciência e da linguagem. A consciência é, de certo modo, capaz de anular o vetor do estado e, com isso, fazer com que a essncia do ser passe pelo que Alfred North Whitehead chamava de “formalidade de realmente ocorrer”. Este é o começo do conhecimento da centralidade dos seres humanos.

Nos últimos quinhentos anos, as sociedades ocidentais se entregaram a uma orgia de descentralização, concluindo que a Terra não é o centro do universo e que o homem não é o ser bem-amado de Deus. Transferimo-nos rumo às fronteiras da galáxia, quando o fato é que a matéria mais intensamente organizada do universo é o córtex cerebral do homem, e a experiência mais densa e fecunda do universo é a que você está tendo neste momento. É a partir do ser perceptivo que tudo deve constelar-se. Este é o princípio básico. Sob a influência das plantas alucinógenas, o ser perceptivo fornece informações que estão em completo desacordo com os modelos que herdamos do passado, e, no entanto, essas dimensões existem. Em certo nível, essas informações não são grande coisa, pois muitas culturas já as conhecem há milhares de anos. Mas nós, modernos, estamos tão grotescamente alienados e tão afastados do que é a vida que, para nós, e nos chegam como revelação. Sem os alucinógenos, o mais perto que podemos chegar do Mistério é tentar sentir, de certo modo abstrato, o poder do mito ou do ritual. Essa percepção é um tipo de processo excessivamente intelectualizado e insatisfatório.

Como já disse, sou um explorador, não um cientista. Se eu fosse único, nenhuma das minhas conclusões teria qualquer significado fora do contexto de mim mesmo. Minhas experiências, como as de vocês aqui presentes, têm de ser mais ou menos parte da condição humana. Alguns talvez tenham maior facilidade que outros para este tipo de exploração, e esses estados talvez sejam difíceis de atingir, mas são partes da condição humana. Existem poucas indicações de que esses lugares extra-dimensionais existem. Se a arte induz imagens do Desconhecido, trazendo-as do Logos para o mundo – convertendo idéias em matéria -, por que a história da arte humana é tão desprovida daquilo que os viajantes psicodélicos sentiram tão intensamente? Talvez o disco voador, o OVNI, seja o tema central a ser assimilado para que possamos lidar com a realidade do aqui e agora.

Estamos alienados, tão alienados que o eu tem de disfarçar-se de extraterrestre a fim de não nos alarmar com as dimensões realmente bizarras que ele abrange. Quando pudermos amar o alienígena, teremos começado a corrigir a descontinuidade psíquica de que sofremos desde, pelo menos, o século VVI, e possivelmente há mais tempo. O que afirmo é que a magia está viva no hiperespaço. Ninguém precisa acreditar em mim; basta estabelecer uma relação com essas plantas alucinógenas. O fato é que a gnose vem das plantas. Quem lida com uma planta pode ter alguma certeza de que lida com uma criatura íntegra; mas as criaturas nascidas do artifício demoníaco dos laboratórios devem ser manuseadas com muita, muita cautela. O DMT é um alucinógeno endógeno. Está presente em pequenas doses no cérebro humano. Importante também é o fato de que a psilocibina é 4-fosforaloxe-N,N-dimetiltriptamina, e que a serotonina, o principal neurotransmissor do cérebro humano, encontrado em todas as formas de vida e em maior concentração nos seres humanos, é 5-hidroxitriptamina. O próprio DMT age tão rapidamente, começando sua ação em 45 segundos e durando cinco minutos, significa que o cérebro está perfeitamente à vontade com esse composto. Por outro lado, um alucinógeno como o LSD é retido no corpo durante algum tempo.

Acrescentarei aqui uma advertência. Sempre reluto em dizer aos outros que comprovem as minhas observações, pois a condição sine qua non dessa comprovação é a planta alucinógena. Quem se dispuser a experimentá-la deve fazê-lo com muito cuidado, Deve preparar-se para a experiência. Trata-se de dimensões estranhas de extraordinária força e beleza. Não existem regras preestabelecidas para evitar o assombro, mas vá com cuidado, reflita bastante e sempre tente colocar as experiências em confronto com a história da raça e com as realizações filosóficas e religiosas da espécie humana. Todos os compostos são potencialmente perigosos; todos eles, em doses suficientes ou repetidas ao longo do tempo, acarretam riscos.

Quem pretenda usar um novo composto deve, antes de mais nada, consultar uma biblioteca.

Para percorrer dimensões que são profundamente estranhas e exóticas, devemos lançar mão de todas as informações disponíveis. Estive em Konarak e visitei Bubaneshwar. Conheço a iconografia indiana e coleciono thankas. Vi semelhanças entre o que experimentei sob a ação do LSD e a iconografia do budismo mahayana. De fato, foram as minhas experiências com o LSD que me levaram a colecionar arte mahayana. Mas o que me surpreendeu foi a total ausência dos temas que vemos sob a ação do DMT. Não estão lá, não estão em qualquer tradição que eu conheça.

Há um conto muito interessante, de Jorge Luis Borges, intitulado “A Seita da Fênix”. Permitam-me recapitulá-lo. Borges começa assim: “Não existe grupo humano em que não surjam membros da seita. Também é verdade que não existe perseguição ou inclemência que eles não tenham sofrido e perpetrado.” E prossegue: – sua realização é furtiva e os adeptos não falam dele. Não existem palavras adequadas para designá-lo, mas fica entendido que todas as palavras o designam ou inevitavelmente se referem a ele.

Borges não nos diz explicitamente o que é o Segredo, mas quem conhece seu outro conto, “O Aleph”, pode unir uma coisa à outra e perceber que o Aleph é a experiência do Segredo do Culto da fênix.

Na Amazônia, quando o cogumelo nos revelou suas informações e nos encarregou de executar certas tarefas, perguntamos: “Por que nós? Por que haveríamos de ser os embaixadores de uma espécie alienígena junto à cultura humana?” E ele respondeu: “Porque vocês nunca acreditaramem nada. Porque vocês nunca concederam a sua crença a ninguém.” A seita da fênix, o culto dessa experiência data talvez de milhares de anos, mas nunca foi trazido à luz da História. O uso pré-histórico das plantas indutoras de êxtase neste planeta não é bem conhecido. Até recentemente, a ingestão de cogumelos contendo psilocibina era limitada a istmo central do México.

Em nenhuma parte do mundo há notícia do uso arcaico da espécie Stropharia cubensis em ritos xamanistas. O DMT é usado na Amazônia e tem sido usado durante milênios, mas por culturas bastante primitivas – geralmente nômades caçadores-colhedores. Aquilo que eu chamo de “efeito de buraco negro” que aparentemente existe em torno do DMT é algo que me desconcerta. A curvatura do espaço causada por um buraco negro é tão grande que nenhuma luz pode sair dele; e, como nenhum sinal pode ser emitido, nenhuma informação pode chegar até nós. Deixemos de lado a questão de se isso se aplica na prática aos buracos negros giratórios. Encaremo-lo como uma metáfora. Metaforicamente, o DMT é como um buraco negro intelectual, no sentido de que, uma vez que todos ignoram sua existência, é muito difícil aos outros entenderem o que queremos dizer. Ninguém ouve o que dizemos. Quanto mais se consegue dizer o que ele é, menos os outros conseguem entender. É por isso que acho que as pessoas que atingem a sabedoria e o êxtase, não falam. Não falam porque nós não as compreenderíamos. Não sei ao certo por que o fenômeno do êxtase induzido pela triptamina não tem sido estudado nem pelos cientistas, nem pelos amantes de sensações, nem por ninguém, mas recomendo-o à atenção do público aqui presente.

A tragédia de nossa situação cultural é que não temos nenhuma tradição xamanista. O xamanismo consiste, basicamente, em técnicas, e não em ritual. É um conjunto de técnicas que vêm sendo empregadas há milênios, e que tornam possível, embora talvez não a todos, explorar essas áreas. Mas aquelas pessoas que demonstram alguma tendência são notadas e estimuladas. Nas sociedades arcaicas em que o xamanismo é um instituição florescente, é razoavelmente fácil reconhecer os sinais: a estranheza ou a singularidade do indivíduo. A epilepsia, muitas vezes, constitui sinal característico em sociedades pré-letradas, como também o é a sobrevivência inesperada após um sofrimento incomum.

Por exemplo, os que são atingidos por um raio e sobrevivem são vistos como bons candidatos a xamã. Acredita-se que as pessoas que quase morrem de uma doença, mas reagem e readquirem a saúde após passarem semanas e semanas em uma zona indeterminada, são pessoas de espírito forte. Os aspirantes ao cargo de xamã devem dar algum sinal de força interior ou de hipersensibilidade a estados de transe.

Viajando por todo o mundo e lidando com xamãs, constatei que a característica que os distingue é uma extraordinária capacidade de concentrarem-se em si mesmos. Geralmente o xamã é um intelectual, alienado da sociedade. Um bom xamã v exatamente quem você é e diz: “Ah, eis alguém com quem conversar.” A literatura antropológica sempre apresenta os xamãs como engastados em uma tradição, mas quando se chega a conhecê-los percebe-se que são muito sofisticados em tudo o que fazem. São eles os verdadeiros fenomenologistas do mundo; conhecem a química das plantas, mas chamam de “espíritos” a esses campos de energia. Ouvimos a palavra “espíritos” em uma série de declinações de sentido cada vez mais restrito – o que é quase pior do que não entender. Os xamãs falam de “espírito” como um físico quântico falaria de “encantamento”; é uma roupagem técnica para um conceito muito complicado.

É possível que existam linhas familiares xamanistas, pelo menos no caso dos xamãs que usam alucinógenos, pois a capacidade do xamã é determinada até certo ponto pelo número de receptores ativos que ocorrem no cérebro, de modo a facilitar essas experiências. Há quem alegue tê-las naturalmente, mas a evidência a esse respeito não me convence. Para mim, tudo se resume em: “O que você pode me mostrar?”

Sempre faço essa pergunta; finalmente, na Amazônia, os meus informantes me disseram: “Pois bem. Vamos pegar os facões e ir até um quilômetro daqui, apanhar umas ervas. Depois, vamos fervê-las e lhe mostraremos o que podemos mostrar.” É bom que fique claro: nessas sociedades do que falo, há sempre gente morrendo, por todo tipo de motivo.

Há entre eles uma convivência maior com a morte do que em nossa sociedade. Os que sofrem de epilepsia e não morrem são levados à atenção do xamã para receber treinamento em respiração, uso de plantas, etc. – não sabemos tudo o que acontece. Esses sistemas secretos de informação ainda não foram bem estudados. O xamanismo não é, nessas sociedades tradicionais, um ofício muito agradável. Geralmente não se permite que os xamãs exerçam qualquer poder político, visto que são sagrados. O xamã senta-se ao lado do chefe nas reuniões do conselho, mas, após a reunião, volta para sua maloca na periferia da aldeia. Para todos os efeitos, o xamã permanece na periferia do que ocorre na vida social comum. Pedem-lhe auxílio por ocasião de uma crise – crise que pode ser a morte iminente de alguém, algum problema psicológico, uma briga entre marido e mulher, um furto, ou a necessidade de prever o tempo.

Não vivemos nesse tipo de sociedade, de modo que, quando examino e tento chamar atenção para os efeitos dessas plantas, o que me interessa é o fenômeno que tais efeitos constituem. O que podemos fazer com esse fenômeno, não sei, mas acho que o potencial é grande. Minha atitude em relação a ele é simplesmente exploratória e baconiana – o mapeamento e a coleta de fatos.

Ao falar da singularidade do ser humano, Herbert Guenther diz que devemos aceitar a nossa singularidade. Pouco sabemos quanto ao papel da linguagem e do ser como fatos primários da experiência. De que nos serve uma teoria do funcionamento do universo se não passa de uma série de equações tensoriais que, mesmo quando as entendemos, nada têm a ver com a nossa experiência? O único caminho intelectual, noético ou espiritual que vale a pena seguir é aquele que se baseia na experiência pessoal. O cogumelo diz ser um organismo extraterrestre, e que os seus esporos são capazes de sobreviver às condições do espaço interestelar. A cor desses esporos é um roxo muito vivo, muito carregado – exatamente a cor necessária para absorver a faixa ultravioleta do extremo espectro. O revestimento de cada esporo é feito de uma das substâncias orgânicas mais resistentes que se conhecem; sua densidade eletrônica é semelhante à dos metais.

É possível que esses cogumelos não tenham se originado na Terra? É isso que o próprio Stropharia cubensis sugere. Correntes globais podem formar-se no exterior do esporo. Os esporos são muito leves e, através de um movimento browniano, podem subir até os confins da atmosfera de um planeta. Em seguida, interagindo com partículas energéticas, alguns deles podem escapar para o espaço interestelar. Trata-se, é claro, de uma estratégia de evolução na qual somente um em muito bilhões de esporos chega a fazer a transição entre as estrelas – estratégia biológica que lhe permite dispersar-se por toda a galáxia, mesmo sem dispor de qualquer tecnologia. É claro que isso ocorre em um período de tempo muito longo. Mas, se considerarmos que a galáxia tem um diâmetro de aproximadamente cem mil anos-luz, um corpo que se movesse a um centésimo da velocidade da luz – o que não chega a ser uma velocidade muito problemática para qualquer tecnologia avançada – poderia atravessar a galáxia em cem milhões de anos. Existem sinais de vida neste planeta que datam de 1,8 bilhão de anos – o que é dezoito vezes mais do que cem milhões de anos. Portanto, se olharmos a galáxia em tais escalas de tempo, veremos que infiltração de esporos no espaço interestelar é uma estratégia biológica perfeitamente viável. Pode levar milhões de anos, mas é o mesmo princípio adotado pelas plantas que emigram para um deserto ou atravessam um oceano.

Não existem fungos no registro fóssil com idade superior a quarenta milhões de anos. A explicação ortodoxa é que os fungos são tenros e não se fossilizam facilmente; por outro lado, dispomos de fósseis de vermes igualmente tenros, bem como de outros invertebrados bênticos, encontrados em sílex na África do Sul, que datam de mais de um bilhão de anos.

Não acredito necessariamente no que o cogumelo me diz; o que faço é dialogar com ele. O cogumelo é uma pessoa muito estranha e tem muitas opiniões incomuns. Trato-o como trataria qualquer amigo excêntrico. Digo: “Então é isso o que você acha?” Quando o cogumelo começou a dizer que era um extraterrestre, fiquei no mesmo dilema da criança que quer destruir um rádio para ver se há homenzinhos lá dentro. Não me foi possível determinar se o cogumelo era o próprio alienígena ou se era algum tipo de artefato tecnológico que me permitia ouvir um alienígena que, na verdade, se encontrava a anos-luz de distância, comunicando-se graças a algum princípio da não-localidade de Bell.

O cogumelo define muito claramente a sua posição. Diz: “Preciso do sistema nervoso de um mamífero. Sabe onde posso conseguir um?”

Generais sauditas se recusam atacar a Síria

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Por Syrper.

OFICIAIS saudita exortam regime saudita sobre os perigos de entrar SÍRIA:

Traduzido do árabe por Ziad A. Fadel, Michigan Supremo Tribunal tradutor certificado para Árabe / Inglês:


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[Imagem: alalam_635914126000125053_25f_4x3.jpg]


"O reino da Arábia Saudita em nome de Alá, o Compassivo, o Misericordioso e ilegível
MINISTÉRIO DA DEFESA Número:
Presidência do Data-Maior: 1437/06/05 H
Comitê das Forças Armadas para a Inteligência e Segurança Anexos:

(letras codificado)

Assunto: Revisão de ir para a guerra na Síria

FOCA
ULTRA SECRETO
Sua Alteza, herdeiro aparente, Vice-Presidente do Conselho de Ministros, o ministro do Interior,

Somos especialistas dentro das forças armadas sauditas e por causa do nosso compromisso com a (nossa) responsabilidade pela fé, o rei, e do país, nós informar Vossa Alteza que a "Operação Tempestade decisivo" não tem cumprido todas as metas desejado porque as forças árabes foram incapaz de realizar suas tarefas e, seguindo assim acima em que, tendo em conta a situação complicada na região, o envio de forças para a Síria vai resultar em convulsão nossa estabilidade nacional seguido de consequências extremamente perigosas. Assim, este vai precisar de mais estudo. Esperamos Alteza vai adotar o que você vê como apropriado para o interesse nacional.

Geral 'Abdullah bin' Ali bin 'Abdullah Al-Shu'la

Geral Saalih bin Ali bin Muhammad Al-Muhayyaa

O tenente-general 'Ali bin Muhammad bin' Ali Al-Khaleefa

Maj. Geral Muree 'bin Hassan bin Ali Al-Shahraani

Maj. Geral 'Abdul-Rahmaan bin' Abdullah bin Hamad Al-Murshid

Maj. Geral As'ad bin 'Abdul-'Azeez Al-Zuhayr

Geral Maajid bin Tilhaab bin Hamad Al-'Utaybi

Geral Naassir bin 'Abdul-'Azeez bin' Abdullah Al-'Arfaj

Brigue. Geral Awn bin Ali bin Ahmad Al-Shamraani

Brigue. Geral 'Ali bin Halhool bin Jarwaan Al-Ashja'iy Al-Ruwayli


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Crimes Pela Internet

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Estamos passando pela fase onde a internet representa boa parte de nossas vidas e muitos aproveitadores vem se utilizando para cometer os mais variados tipos de crimes.

E quando isso acontecer o que devemos fazer?

Vou listar aqui pra vocês alguns caminhos que podemos tomar:

Bom,

A primeira coisa é a mais importante: Descobrir a identidade do agente infrator.

Já que se você quer que ele pague é preciso descobrir.

Claro que essa não é uma coisa muito fácil para nós fazermos sozinhos. Então vem a segunda questão:

Como agir contra um hacker?
É o seguinte, o hacker consegue roubar suas informações e ficará despercebido. Porém quando você descobre ele passa a ficar vulnerável, pois a internet é desenvolvida de forma que toda atividade deixará rastros, então quando você tem um ponto de partida basta fazer uma denúncia aos órgãos corretos e com certeza os investigadores encontrarão o inseto no fim da trilha.

Então vem a terceira pergunta... Como vou saber quando fui roubado?
Nessa situação tem que ter uma certa sensibilidade e perceber que de alguma forma suas informações estão sendo usadas por outro. Por exemplo, você cria uma receita de bolo muito especial e vê que ela está sendo fornecida por outra pessoa na internet, sem sua autorização. Bingo!

O quarto passo será buscar os órgãos reguladores. Nisso que eu me dediquei hoje. No Brasil existem as seguintes opções:
No Âmbito Municipal Policial
-Polícia Civil

No Âmbito Estadual, Nacional e Internacional Policial
-Polícia Federal

No Âmbito Municipal/Estadual Jurídico
-Tribunal
-Juizados
-Fórum

No Âmbito Nacional Jurídico
-Supremo Tribunal de Justiça
-Supremo Tribunal Federal

Dentre muitos outros, já que caso as situações sejam muito específicas teremos tribunais especializados.

Porém além disso temos também hoje organizações.

1-ICANN: Internet Corporation for Assigned Names and Numbers - Corporação sem fins lucrativos responsável pela gestão de diversas organizações relacionadas ao desenvolvimento da internet. Entre as organizações geridas pela ICANN estão, por exemplo: IANA, GNSO e ccNSO.

2-IANA - Internet Assigned Numbers Authority - Autoridade da internet que tem como principal atribuição cuidar da distribuição de endereços IP, gerenciar zonas raiz do Domain Name System (DNS), organizar tipos de mídia e cuidar de outros assuntos sobre o Internet Protocol. Primeiramente, foi administrado pelo Information Science Institute juntamente com a University of Southern California. No momento atual, é gerenciada pela ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers).

3-NRO [11] Number Resource Organization - Organização que une cinco Registros Regionais de Internet (RIRs) - AfriNIC, APNIC, ARIN, LACNIC e RIPE NCC. Teve seu inicio em 24 de outubro de 2003, quando os quatro RIRs existentes firmaram um Memorando de Entendimento (MoU), a fim de realizar atividades conjuntas, incluindo projetos técnicos e coordenação política.

4-RIR - Regional Internet Registry - São organizações para distribuição e registro de números de endereço IP e números de sistemas autônomos na Internet. O funcionamento básico é através da delegação, ou seja, a IANA atribui aos diferentes RIRs, os quais serão descritos abaixo, a habilidade de distribuição dos números citados. A partir dai, os RIRs delegam aos ISP (Internet Service Providers) a responsabilidade de gerenciamento e atribuição dos números.

5-IETF - Internet Engineering Task Force - Organização sem fins lucrativos que, em conjunto com W3C e ISO/IEC, desenvolve os padrões de comunicação da internet, como o TCP/IP, por exemplo. Sua função é garantir a evolução da arquitetura da internet e seu bom funcionamento.

6-IRTF [15] - Internet Research Task Force - É um grupo irmão do IETF. Seu objetivo declarado é “Promover pesquisa de importância para a evolução do futuro da Internet através da criação de pequenos Grupos de Pesquisas focados, a longo-prazo trabalhando em tópicos relacionados aos protocolos, aplicações, arquitetura e tecnologia da Internet.” É composto por Grupos de Pesquisas que estudam questões de longo-prazo relacionadas com a Internet e suas tecnologias.

7-IAB - Internet Architecture Board - É o comitê encarregado de supervisionar o desenvolvimento técnico e de engenharia da Internet pela ISOC. Ela supervisiona uma série de forças tarefas, das quais as mais importantes são a IETF( Internet Engineering Task Force ) e a IRTF( Internet Research Task Force ).


Hoje em dia em se tratando de sites a legislação dos domínios .com são as mais favoráveis a buscar resultados dentro da legislação já que os EUA são os mais avançados no quesito legislação da web.


Direitos Autorais na Internet
Citar:Com a Internet, a facilidade de acesso a qualquer tipo de informação, assim como sua cópia e distribuição, colocam em perigo o delicado equilíbrio existente entre o interesse público e o interesse dos autores de materiais protegidos, estes representados pelas companhias gravadoras e de multimídia. O problema existente nesse contexto foi salientado pela popularização dos programas P2P, onde os usuários compartilham músicas, vídeos, livros, jogos etc, gerando prejuízos estimados em bilhões de dólares. Isso deixou clara a fragilidade existente nas questões relativas à atual situação da proteção dos direitos autorais na internet. As indústrias fonográficas e do entretenimento têm feito lobby intensivamente nos âmbitos nacional e internacional para fortalecer a proteção ao direito autoral. Nos Estados Unidos, a proteção mais rigorosa ao direito autoral foi introduzida através da Lei de Direitos Autorais Digitais do Milênio (DMCA), de 1998. No âmbito internacional, a proteção de artefatos digitais foi introduzida pelo Tratado do Direito Autoral da OMPI (1996). Este tratado também contém cláusulas para apertar o regime de proteção ao direito de autor, como disposições sobre limitações aos direitos exclusivos do autor, a proibição de fraudar as proteções tecnológicas aos direitos autorais e outras medidas correlatas.

fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Governan%C...Principais

A indústria nacional como meta para a prosperidade do Brasil

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A Industrialização no Brasil
História da industrialização brasileira, momentos mais importantes do desenvolvimento industrial do Brasil, a indústria brasileira atualmente

Introdução

Enquanto o Brasil foi colônia de Portugal (1500 a 1822) não houve desenvolvimento industrial em nosso país. A metrópole proibia o estabelecimento de fábricas em nosso território, para que os brasileiros consumissem os produtos manufaturados portugueses. Mesmo com a chegada da família real (1808) e a Abertura dos Portos às Nações Amigas, o Brasil continuou dependente do exterior, porém, a partir deste momento, dos produtos ingleses.

Começo da industrialização

Foi somente no final do século XIX que começou o desenvolvimento industrial no Brasil. Muitos cafeicultores passaram a investir parte dos lucros, obtidos com a exportação do café, no estabelecimento de indústrias, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Eram fábricas de tecidos, calçados e outros produtos de fabricação mais simples. A mão-de-obra usadas nestas fábricas eram, na maioria, formada por imigrantes italianos.

Era Vargas e desenvolvimento industrial

Foi durante o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945) que a indústria brasileira ganhou um grande impulso. Vargas teve como objetivo principal efetivar a industrialização do país, privilegiando as indústrias nacionais, para não deixar o Brasil cair na dependência externa. Com leis voltadas para a regulamentação do mercado de trabalho, medidas protecionistas e investimentos em infra-estrutura, a indústria nacional cresceu significativamente nas décadas de 1930-40. Porém, este desenvolvimento continuou restrito aos grandes centros urbanos da região sudeste, provocando uma grande disparidade regional.

Durante este período, a indústria também se beneficiou com o final da Segunda Guerra Mundial (1939-45), pois, os países europeus, estavam com suas indústrias arrasadas, necessitando importar produtos industrializados de outros países, entre eles o Brasil.

Com a criação da Petrobrás (1953), ocorreu um grande desenvolvimento das indústrias ligadas à produção de gêneros derivados do petróleo (borracha sintética, tintas, plásticos, fertilizantes, etc).

Período JK

Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956 -1960) o desenvolvimento industrial brasileiro ganhou novos rumos e feições. JK abriu a economia para o capital internacional, atraindo indústrias multinacionais. Foi durante este período que ocorreu a instalação de montadoras de veículos internacionais (Ford, General Motors, Volkswagen e Willys) em território brasileiro.

Últimas décadas do século XX

Nas décadas 70, 80 e 90, a industrialização do Brasil continuou a crescer, embora, em alguns momentos de crise econômica, ela tenha estagnado. Atualmente o Brasil possui uma boa base industrial, produzindo diversos produtos como, por exemplo, automóveis, máquinas, roupas, aviões, equipamentos, produtos alimentícios industrializados, eletrodomésticos, etc. Apesar disso, a indústria nacional ainda é dependente, em alguns setores, (informática, por exemplo) de tecnologia externa.

Dados atuais

- Infelizmente a indústria do Brasil não vai bem na atualidade. De acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em fevereiro de 2016, a produção industrial brasileira apresentou queda de 8,3% em 2015 (pior resultado desde 2003).
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Veja bem senhores, até as fontes do estabelecimento admitem que a abertura econômica trouxe altos e baixos, enquanto que na era Vargas o crescimento era sólido, contínuo e independente.

As perguntas de todos os dias, E de todas a pessoas

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[Imagem: diante_dos_desafios-2.jpg]

Citar:O mundo está maluco”; “Estou passando por uma situação muito difícil”; “Estou perdido, não sei o que fazer”; “Estou vivendo muitas mudanças”; “Meu dinheiro está acabando e não sei como recuperar”; “As pessoas estão muito agressivas”; “Ninguém mais respeita ninguém”; “Já não tenho certeza de como agir”; “Tenho muito medo quando saio de casa”; “Não sei o que meu filho anda fazendo, ele está diferente, estou assustada”; “Não durmo enquanto meus filhos não chegam”; “Quero fugir desta cidade, sorte de quem consegue”; “Daqui uns anos eu vou embora”; “Será que essa crise não vai passar nunca?..”

Estas são algumas das muitas frases que escutamos diáriamente. As pessoas percebem que estão ocorrendo mudanças e esta nova realidade os está assustando. Mas, qual é essa realidade? Com a proximidade da chegada do próximo milênio, todas as ordens religiosa/esotéricas falaram em uma eminente alteração da consciência humana. Cria-­se e propaga-­se milhões de teorias apocalípticas caso não haja esta alteração e explicam quais serão as suas conseqüências. As pessoas indagam, se irão sobreviver de uma maneira ou de outra. Nesta necessidade de continuar a existir, pergunta- se, pelo menos,se há vida após a morte. Vamos inverter esta pergunta para tentar respondê­-la: Há vida antes da morte?

O TESTE

Vamos propor a você um teste revelador: Imagine um lugar onde tenha o costume de ficar só e aproveite para observar onde realiza o encontro consigo próprio.Porém, desta vez, terá companhia: Olhe para a porta de entrada, ela,a morte, se abre e adentra seu mundo particular, com suas vestes negras e sua foice, a imagem da própria morte… Ela penetra seu olhar sériamente e diz que vai dar a você, a partir deste exato momento, setenta e duas horas. Ao final delas, com pontualidade, virá lhe buscar. Neste acordo existe uma condição: ninguém poderá saber dele, caso contrário ela, num minuto, levará você…. Agora, com sinceridade, analise a reação que você acha que terá. Pense nas várias opções possíveis;

1-­ Revoltar­-se contra o destino certo, sair de prumo, desesperar-se e passar o resto de seu tempo chorando e perguntando: Porque EU? ­

2-Tentar descobrir o que fez de errado para merecer isto… ­ Dizer: Que bom, vou sair deste planeta horrível… ­

3-Contar logo para alguém o seu macabro encontro, porque assim, Ela virá buscá-­lo e você ficará rápidamente livre desta ansiedade.

4-­ Tentar encontrar alguma maneira de ludibriá-­la. ­ Sair matando todo mundo porque, se você vai morrer, que os outros também morram… ­

5-Ficar trancado em casa com sua família. ­ Ficar trancado na sua Igreja pedindo perdão e se arrependendo de seus pecados. ­

6-Deixar seus negócios na mais perfeita ordem para que sua família esteja segura e garantida financeiramente. ­

7-Gastar tudo o que tem e se divertir tudo o que pode, seja lá como for. . . ­

8-Falar tudo aquilo que tem vontade para todo mundo, inclusive para a família e para o patrão… ­

9-Fazer toda a caridade do mundo para que se lembrem de você como uma pessoa muito boa e rezem pela sua alma… ­

10-Traçar um plano para agir rápidamente e aproveitar, da melhor maneira possível esta oportunidade recebida e o tempo que lhe resta.


[Imagem: 129415.jpg]

Poderíamos pensar em outras mil atitudes a serem tomadas. Nosso objetivo é que você perceba qual poderia escolher, de que maneira reagiria neste momento. A partir desta situação sua hierarquia de valores, provávelmente, deve ter mudado. O que era muito importante deixou de ser e o que muitas vezes foi postergado, passa a ser vital. Nesse teste, o objetivo é que você entenda quais valores e necessidades deixaram de ser tão preciosos e quais passaram a ser fundamentais nesta sua breve vida. O quanto seu tempo foi bem ou mal utilizado? O quanto seu preconceito impediu que você conhecesse ou experimentasse um mundo novo? Por último: O quanto você perdeu de momentos que poderiam ter sido felizes? . . Se na hora do acordo, você escolheu traçar um projeto e agir rápidamente, parabéns, sua vida passou a ter sentido, criou metas a alcançar. Certamente nestes três dias você irá se livrar de muita bagagem desnecessária que só pesa e atrapalha o seu caminhar em direção ao seu destino maior e irá conhecer um outro mundo, uma nova realidade. A esta nova maneira de encarar o mundo, damos o nome de expansão da Consciência: Você não tem muito tempo de futuro, o enfoque muda. Você não pode traçar objetivos a longo prazo. Percebe que tudo que podemos fazer pelos ­ ou com ­ nossos entes queridos, agora está limitado a somente setenta e duas horas. Agora, neste exato momento, pensando com honestidade na atitude que tomaria, analise: O quanto você está longe do que na verdade quer? O quanto você se distanciou do que é importante? O quanto você deixou de fazer por medo? O quanto seu orgulho ou sua vaidade impediu que você agisse como realmente gostaria?

Se você teve outra escolha, pense com carinho nela, não se julgue e nem aceite o colapso de sua consciência, apenas tente compreender e alterar o que puder de seu comportamento em seu próprio benefício, lute a seu favor nem que o mundo todo esteja contra, faça o melhor que puder, afinal, não se esqueça, você tem apenas três dias… Fim do teste… Fique feliz… Você tem muita sorte, por enquanto ainda há tempo para trabalhar na expansão de sua consciência. Não espere pelo futuro, aposte no presente, ainda há tempo para ser feliz. Lembre­-se de que pode participar do novo milênio com a consciência que quiser. Não esqueça, a escolha é sua… Hoje, isto tudo foi só imaginação…

Texto de Zelinda Orlandi Hypolito;- Psicóloga Clínica com especialidade em Regressão de Memória

Citar:Ninguém vai discordar que a vida traz desafios, mas dê um passo para trás, por um momento, e pergunte a questão mais profunda sobre o porquê disso. Porque a vida é tão difícil?

Não importa com quais vantagens você nasce: com dinheiro, inteligência, uma personalidade atraente, uma boa perspectiva de vida, ou uma vida social com boas conexões; nada disso fornece uma chave mágica para uma existência fácil. De alguma forma a vida consegue trazer problemas difíceis, causas de sofrimentos incalculáveis e de muitas lutas. A forma como você enfrenta seus desafios, faz toda a diferença entre a promessa de sucesso, e o espectro do fracasso.
Existe uma razão para isso, ou a vida é simplesmente uma série aleatória de eventos que nos mantém fora do equilíbrio, e quase incapazes de lidar com isso?
A espiritualidade começa com uma resposta decisiva para essa pergunta. Ela diz que a vida não é aleatória. Existe um padrão e um propósito dentro de cada existência. A razão pela qual surgem os desafios é simples: para torná-lo mais consciente do seu propósito interior.Se a resposta espiritual é verdadeira, deve haver uma solução espiritual para cada problema que existe. A resposta não se encontra ao nível do problema, embora a maioria das pessoas concentrem todas as suas energias neste nível. A solução espiritual está além. Quando você pode ter a sua consciência fora do local onde a luta está sempre presente, duas coisas acontecem ao mesmo tempo: sua consciência se expande e, com isso, novas respostas começam a aparecer.Quando a consciência se expande, eventos que parecem aleatórios, na verdade não são. Um propósito mais amplo está tentando se desenrolar através de você.



Quando você se torna consciente desse propósito, que é único para cada pessoa, você se torna como um arquiteto, a quem foi entregue um projeto.Em vez de colocar tijolos e tubos de encaixe de forma aleatória, o arquiteto pode agora avançar com a confiança de que ele sabe como o edifício deve parecer e como construí-lo.O primeiro passo neste processo é o reconhecimento de qual nível de consciência, você está trabalhando neste momento. Toda vez que um desafio surge em seu caminho, mesmo que, sobre relacionamentos, trabalho, transições pessoais, ou uma crise que exige uma ação imediata, existem três níveis de consciência.Tome consciência deles, e você vai dar um passo enorme no sentido de encontrar uma resposta melhor.

Nível 1: Conscientização Contraída

Este é o nível do problema, e por isso imediatamente toma a sua atenção. Algo deu errado. As expectativas se azedaram. Você enfrenta obstáculos que não querem se mover.À medida que aumenta a resistência, a sua situação ainda não melhorou. Se você examinar o nível do problema, os seguintes elementos estão geralmente presentes:

1 – Seus desejos são frustrados. Algo que você deseja encontra uma oposição. Você sente como se cada passo à frente, fosse uma batalha.
2 – Você continua fazendo mais, daquilo que inicialmente não funcionou.
3 – Há uma ansiedade brotando, e o medo de fracassar.
4 – Sua mente não está clara. Há uma perturbação e um conflito interno.
5 – À medida que aumenta a frustração, sua energia se esgota. Você se sente mais e mais exausto.
6 – Você pode dizer se você está preso ao nível de consciência contraído, por um simples teste: quanto mais você se esforça para se livrar de um problema, mais você fica preso a ele.


[Imagem: C_E.jpg]

Nível 2: Expansão da Consciência

Este é o nível em que as soluções começam a aparecer. Sua visão se estende para além da região do conflito, dando-lhe mais clareza.Para a maioria das pessoas este nível não está imediatamente disponível, porque a primeira reação a uma crise é contrair-se.Elas se tornam defensivas, desconfiadas, cautelosas e com medo. Mas se você se permitir expandir-se, vai perceber que os seguintes elementos entrarão em sua consciência:

1 – A necessidade de lutar começa a diminuir.
2 – Você começa a deixar acontecer. (Expectativa positiva interior)
3 – Mais pessoas se conectam com você. Você os permite mais acesso.
4 – Você se aproxima de decisões com mais confiança.
5 – Você encara o medo de forma realista e ele começa a diminuir.


Com uma visão mais clara, você não mais se sente confuso e conflituoso. Você pode dizer que atingiu este nível de consciência quando já não se sente preso: o processo já começou.Com uma maior expansão, forças invisíveis vêm em seu auxílio. Você avança de acordo com o que você deseja da sua vida.

[Imagem: 5f18b-esper.jpg?w=752&h=752]

Nível 3: Pura Consciência

Este é o nível em que não existem problemas. Cada desafio é uma oportunidade criativa. Você se sente completamente alinhado com as forças da natureza.O que torna isso possível é que a consciência pode se expandir sem limites. Embora possa parecer que é preciso uma longa experiência no caminho espiritual para atingir a pura consciência, a verdade é exatamente a oposta.A cada momento, pura consciência, está em contato com você, enviando impulsos criativos. Tudo o que importa é a forma como você está aberto para as respostas sendo apresentadas. Quando estiver totalmente aberto, os seguintes elementos estarão presentes:

1 – Não há luta.
2 – Desejos chegam à sua plenitude de forma espontânea.
3 – A próxima coisa que você deseja é a melhor coisa que poderia acontecer. Você beneficia a si mesmo e aqueles ao seu entorno.
4 – O mundo exterior reflete o que está acontecendo em seu mundo interior.
5 – Você se sente completamente seguro. Você se sente em casa, no universo.
6 – Você vê a si mesmo e ao mundo com compaixão e compreensão.


Para estar completamente em pura consciência, é a iluminação, um estado de unidade com tudo o que existe. Em última análise, toda a vida está se movendo nessa direção. Sem atingir o objetivo final, você pode dizer que está em contato com a pura consciência, se você se sente verdadeiramente, a si mesmo, em um estado de paz e liberdade constante. Cada um destes níveis traz seu próprio tipo de experiência. Isto pode ser facilmente visível quando há um acentuado contraste ou uma mudança súbita. Amor à primeira vista, leva uma pessoa, sem aviso algum, de uma consciência contraída, para a consciência expandida. Em vez de se relacionar de uma forma normal social, de repente você vê um imenso apelo, e mesmo a perfeição, em uma outra pessoa. No trabalho criativo, há a experiência do “Aha!”. Em vez de lutar com uma imaginação bloqueada, de repente, a resposta se apresenta, fresca e nova. Ninguém duvida que existam tais manifestações divinas. Eles podem mudar a vida, como na experiência máxima, assim chamada, quando a realidade é inundada de luz e uma revelação desponta. O que as pessoas não vêem é que a consciência expandida deveria ser nosso estado normal de consciência, não apenas um momento de extraordinária diferença. Tornar isso normal é o ponto principal da vida espiritual.

Ao ouvir as pessoas contarem suas histórias de problemas, obstáculos, fracassos e frustrações, uma existência presa em uma consciência contraída, uma pessoa enxerga que a obtenção de uma nova visão, é fundamental. É muito fácil se perder em detalhes. As dificuldades de enfrentar cada desafio são muitas vezes esmagadoras. Não importa o quão intensamente você sente a sua situação, que tem suas próprias dificuldades únicas, se você olhar para a direita ou esquerda, você verá outras pessoas que estão muito envolvidas em suas situações. Descasque os detalhes, e o que resta é uma causa geral do sofrimento: “a falta de consciência”.Por “falta”, não quer dizer fracasso pessoal. A menos que a você lhe seja mostrado como expandir a sua consciência, você não tem escolha, a não ser experimentar o estado de contração. Assim como o corpo se encolhe diante à dor física, a mente tem um reflexo que a faz recuar quando confrontada com a dor mental. Aqui, novamente, um momento de contraste súbito faz com que seja fácil experimentar o que se sente com uma contração. Imagine-se em qualquer das seguintes situações:

1 – Você é uma jovem mãe que levou o seu filho ao playground infantil. Você conversa por um momento com outra mãe, e quando você se vira não consegue ver seu filho.
2 – No trabalho, você está sentado em seu computador quando alguém casualmente menciona que haverá demissões, e que, o chefe quer falar com você.
3 – Você abre sua caixa de correio e encontra uma carta do Imposto de Renda.
4 – Enquanto dirigia se aproxima de um cruzamento quando, de repente, um carro atrás de você, desvia e passa do seu carro, e atravessa a luz vermelha.
5 – Você entra em um restaurante e vê sua esposa sentada com um companheiro atraente. Eles estão se inclinando em direção um do outro, falando em voz baixa.



Citar:Não é preciso muita imaginação para sentir a súbita mudança de consciência que estas situações provocam. Ansiedade, pânico, raiva e apreensão inundam a sua mente, estes são o resultado de alterações cerebrais enquanto a mente inferior prevalece sobre a mente superior, desencadeando a liberação de adrenalina, como parte de uma série de reações físicas, conhecidas como resposta ao estresse. Qualquer sentimento é tanto mental quanto físico. O cérebro fornece uma representação precisa do que a mente está experimentando, com base em infinitas combinações de sinais eletroquímicos que cruzam cem bilhões de neurônios. Um pesquisador do cérebro pode identificar com precisão cada vez maior, exatamente nessas regiões que produzem tais mudanças. O que não pode ser visto em uma ressonância magnética é o evento mental que incita todas essas mudanças, porque a mente funciona ao nível invisível de alerta ou de consciência. Podemos tomar esses dois termos como sinônimos, mas vamos explorá-los mais um pouco.

[Imagem: a40eb-540972_544727672217367_1906362114_n.jpg?w=593]

Espiritualidade trata do seu estado de alerta, estado de consciência. Não é a mesma coisa que a medicina ou a psicoterapia. Medicina lida com o aspecto físico, onde ocorrem mudanças corporais. Psicoterapia lida com a uma dificuldade específica, tais como ansiedade, depressão ou doença mental efetiva. Espiritualidade confronta a consciência alerta, diretamente; ela objetiva produzir uma consciência mais elevada. Em nossa sociedade isso é visto como muito menos real, do que as outras formas de abordar problemas. Em momentos de angústia, as pessoas lidam com os problemas do dia a dia, da melhor forma que podem, mas com muita confusão, agitação e medo, raiva e mal humor.
Nem sequer lhes ocorre emparelhar as duas palavras:“espiritual” e “solução” na mesma frase.
Isso aponta para uma visão limitada sobre o que a espiritualidade realmente é, e o que ela pode fazer para ajudar a vencer os desafios de todos os dias.

[Imagem: tumblr_lz06nsgWxw1qf8rwfo1_400.gif]



A Mudança é uma revolução na consciência humana. É o despertar espiritual e criativo da humanidade. Na consciência da Nova Realidade emergente, experienciamos novas perspectivas de conhecimento, novos níveis de criatividade e seguimos os nossos corações para fazermos as nossas próprias contribuições significativas para a melhoria do mundo. Durante estes tempos de rápidas mudanças, o caminho espiritual mais poderoso é o da ação espiritual, ao invés do desenvolvimento lento e passivo. A Lei Universal do Carma afirma que toda a ação, incluindo a ação espiritual, provoca uma reação igual. A Lei Universal garante que receberemos elevação espiritual em retorno, mas algo ainda mais importante acontece também. Ao abrirmos o nosso coração para curarmos o mundo, o nosso ato de serviço altruísta eleva a nossa consciência de uma maneira que seja mais incontestável do que qualquer outro caminho espiritual hoje. A Mudança está alterando rápidamente a Humanidade para novos patamares de consciência e de fortalecimento espiritual, mas o tempo está se esgotando. Milhões de pessoas têm ainda que despertar para o seu propósito espiritual na vida. Muitas delas estão em cima do muro, presas no transe hipnótico que passam hoje na vida e esperando por um empurrão, por qualquer tipo de ajuda, para entrarem na Nova Realidade. A Mudança precisa da ajuda de todos; Nós podemos fazer uma imensa diferença ao ajudarmos outros a despertarem.

Fonte:
Portal2013BR

Agora é oficial: homeopatia não funciona

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Homeopatia: seus supostos remédios contém substâncias que causariam exatamente o mal que você está passando


[Imagem: CUCNyrwXIAAF23v.jpg]

São Paulo - Em 1796, o alemão Samuel Hahnemann publicava suas primeiras observações sobre uma nova forma de enxergar a medicina: a homeopatia.

Esse é o nome dado a uma linha de tratamento que se baseia na chamada "lei dos semelhantes?".

Enquanto a medicina tradicional, também conhecida como alopatia, usa compostos com efeitos opostos aos sintomas que deseja tratar, a homeopatia segue a lógica contrária: seus supostos remédios contém substâncias que causariam exatamente o mal que você está passando.

Em termos práticos, se você tem alergia a abelhas, um médico homeopata lhe receitaria como tratamento o veneno diluído do animal.

Mas esse procedimento é questionado desde a criação da homeopatia.

Outro ponto crítico é a diluição. Na homeopatia, as substâncias ativas são diluídas em uma grande quantidade de água - a ponto de tecnicamente, certos medicamentos homeopáticos conterem apenas H2O.

Agora, 220 anos depois, mais um argumento vai ser usado entre nas discussões entre apoiadores e críticos: um pesquisador australiano afirma que a homeopatia não cura nenhuma das 68 doenças que ele avaliou.

As doenças incluem alergia, asma, fibromialgia, diarréia e até condições mais específicas, como afasia de Broca (distúrbio neurológico em que o paciente perde a fala). Veja a lista completa aqui (PDF).

Paul Glasziou é professor na Universidade Bond, localizada na Austrália, e ocupa uma cadeira no Conselho Nacional de Saúde e Pesquisa Médica, lá ele foi responsável por analisar 176 estudos que procuravam medir a eficiência da homeopatia em tratamentos curativos.

O resultado é que os exames não mostraram uma melhora maior do que as taxas de placebo (quando o paciente acredita estar sendo tratado, mas recebe apenas uma substância inócua).

Ou seja: quando alguém toma algum remédio homeopático e apresenta melhora, isso na verdade se deve à auto-sugestão daquela pessoa.

"Eu consigo entender que Hahnemann estava insatisfeito com as práticas médicas do século 18, como as sangrias, e tentou achar uma alternativa melhor", afirma Glasziou em uma postagem no blog do Conselho.

"Mas eu acho que ele ficaria desapontado pelo fracasso coletivo da homeopatia de, ao invés de continuar seguindo suas investigações inovadoras, seguir perseguindo um beco sem saída terapêutico", conclui.

FONTE: exame.abril.com

Ratzinger ainda é Papa?

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Uma igreja e (dois) papas


[Imagem: bxvi-calendario2010.jpg]

(Texto publicado no jornal italiano Corriere della Sera em 28/05/2014.)


Por: Vittorio Messori

Caríssimos irmãos, convoquei-vos hoje para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro,…

Totalmente imprevistas, proferidas em latim, em voz baixa, aquelas palavras foram como que uma chicotada que em poucos minutos giraram o mundo.

E até mesmo em países de maioria não-católica e até não-cristã, mas capazes de compreender a novidade histórica do acontecimento.

Não podemos nos esquecer que — para ficar só com as palavras recentes do protestante Obama, do ortodoxo Putin, do anglicano Cameron — o Romano Pontífice hoje seria a mais alta autoridade moral do planeta.

[Imagem: 1*1XteWFUzpT15GeuO_DbbwQ.jpeg]
Perplexidade. Ainda hoje há quem celebre e há quem lamente a decisão de Bento XVI. Ambos parecem desconhecer o real significado do seu gesto. Na foto, papa Bento XVI torna pública sua decisão.


Voltando àquele 11 de fevereiro, festa de Nossa Senhora de Lourdes, quem conhece o mundo católico sabe que ainda estamos perplexos e debatendo, muito duramente.

Parece haver dois lados: de um lado, o grupo dos guardiões da tradição, para os quais a “renúncia” (não demissão, uma vez que o papa não teria a quem apresentá-la aqui na terra), embora esteja prevista no Código de Direito Canônico, constituiria uma espécie de deserção, quase como se Bento XVI considerasse o seu ofício como o de um presidente de multinacional ou de um Estado, para quem seria natural aposentar-se com o avanço da idade, em prol da eficiência.

A mesma eficiência rejeitada, no entanto, por João Paulo II, que escolheu uma longa agonia pública.

Do outro lado, o grupo dos que se alegraram: a renúncia seria o fim da sacralidade do pontífice, a aura mística em torno de sua pessoa e, portanto, o ajuste do bispo de Roma ao padrão comum de todos os bispos, requerido por Paulo VI: renunciar ao governo de uma diocese e a atribuições oficiais na Cúria Romana quando alcançasse 75 anos.

Contudo, restavam ainda questões que pareciam não ter resposta adequada: por que não optar por ser chamado de “bispo emérito de Roma”, como sugerido pela revista Civiltà Cattolica, mas de “papa emérito”?

Em que pese ter retirado a capa e o annulus piscatorius (anel do pescador) de seu dedo, um sinal da autoridade do governo, por que não renunciar ao hábito branco? Por que não se aposentar no silêncio da clausura de um mosteiro, ao invés de se confinar dentro dos limites da Cidade do Vaticano, ao lado de São Pedro, cruzando muitas vezes — embora em privado — com o sucessor, recebendo convidados e participando de cerimônias, como a recente canonização de Roncalli e Wojtyla? Confesso que me fazia perguntas semelhantes e ficava perplexo.

Respostas a essas perguntas vêm agora de um estudo realizado por Stefano Violi, professor de Direito Canônico nas Faculdades de Teologia de Bolonha e Lugano. Vale a pena examinar essas páginas densas, porque com a decisão de Bento XVI abriram-se para a Igreja inéditos cenários, um tanto desconcertantes.

É provável que as conclusões do professor suscitem debates entre os colegas, pois o canonista Violi teoriza que o ato de Ratzinger inova profundamente e que os papas viventes agora são realmente dois, mesmo que um deles, voluntariamente, “pela metade”, para dizê-lo de um modo simplista, mas correto.

Para entender seu ponto de vista, precisamos, antes de mais nada, apagar todos os delírios de conspiração e complô, levando a sério o que Bento XVI falou sobre o peso crescente da velhice como a razão primeira e única da sua decisão:

Nos últimos meses, eu senti que as minhas forças tinham diminuído… Os meus recursos, físicos e intelectuais, pela idade avançada, já não são adequados para exercer adequadamente o ministério …

Mas, estudando em profundidade o latim muito preciso com o qual Joseph Ratzinger acompanhou sua decisão, o olho do canonista descobriu que ela vai muito além dos poucos antecedentes históricos e além das exigências estabelecidas para a “renúncia” do Código atual da Igreja.

Se descobre, isso sim, que Bento XVI não tinha a intenção de renunciar ao munus petrinus, nem ao cargo, nem ao seu ofício, isto é, ao que o próprio Cristo atribuiu ao chefe dos Apóstolos e tem sido transmitido aos seus sucessores.

O papa renunciou apenas ao ministerium, ou seja, ao exercício da administração prática desse ofício.

Na fórmula utilizada por Bento, antes de tudo se distingue o munus — o ofício papal, da executio — que é o próprio exercício do cargo. Mas a executio é dupla: há o aspecto de governo que se exerce agendo et loquendo, trabalhando e ensinando.

E há também o aspecto espiritual, não menos importante, que é exercido orando et patiendo, rezando e sofrendo. É o que estaria por trás das palavras de Bento XVI: “Não retorno à vida privada… Eu não tenho mais o poder de liderança na Igreja, mas para o bem desta mesma Igreja e no serviço da oração, continuo no recinto de São Pedro.”

Onde “recinto” não deve ser entendido apenas no sentido de um lugar geográfico para viver, mas também um “lugar” teológico.

[Imagem: 1*DIhtWgrYwcZ_1zlvd7Q96A.jpeg]
Uma Igreja, dois papas. Papa Francisco visita Bento XVI.


Eis, então, o porquê da escolha, inesperada e inédita, de se fazer chamar “papa emérito”.

Um bispo continua bispo quando a idade ou a doença lhe impõe deixar o governo de sua diocese, e ele se retira para orar por ela.

Tanto mais o bispo de Roma, para o qual o munus, o cargo, o ofício de Pedro, foi-lhe conferido de uma vez por todas, para toda a eternidade, por meio do Espírito Santo, servindo-se dos cardeais no conclave só como instrumentos.

Aqui também o porquê da decisão de não abandonar o hábito branco, mesmo ficando privado dos sinais particulares do governo ativo.

E por isso a vontade de estar ao lado das relíquias do chefe dos apóstolos, venerado na grande basílica. Nas palavras do professor Violi:

Bento XVI foi despojado de todo o poder de governo e comando inerente a seu cargo, sem contudo abandonar o serviço à Igreja: este continua, por meio do exercício na dimensão espiritual do ‘munus’ pontifício que lhe foi confiado. Com isso, ele não tinha a intenção de renunciar. Ele não renunciou ao ofício, que não é revogável, mas à sua execução.

Será que é por isso que Francisco parece não gostar de se definir como “papa”, consciente de que deve compartilhar o munus pontifício, pelo menos na dimensão espiritual, com Bento? Ele que, no entanto, herdou plenamente de Bento XVI o cargo de bispo de Roma.

Será que é por isso que esta é para ele, como se sabe, sua auto-definição preferida, desde as primeiras palavras de saudação ao povo depois da eleição?

Tanto é assim que muitos, surpresos, se perguntaram por que ele não usou a palavra “papa” ou “pontífice” em uma ocasião tão solene, diante das TVs do mundo inteiro, mas apenas falou sobre seu papel como o sucessor do episcopado romano.

Pela primeira vez, então, a Igreja de fato tem dois papas, um reinando e outro emérito? Parece que esta era a vontade do próprio Joseph Ratzinger com a renúncia somente do serviço ativo, que se mostrou “um ato solene de seu Magistério”, nas palavras do canonista.

Se de fato é assim, tanto melhor para a Igreja: é um dom que haja, lado a lado, também fisicamente, quem dirija e ensine, e quem reze e sofra… por todos, mas acima de tudo para apoiar o irmão no ofício pontifício quotidiano.

FONTE: medium.com

Descongestionante nasal leva ao vício e pessoa pode até perder o olfato

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[Imagem: 11410500_692561370848400_980368641_n-1.j...;amp;h=342]

Além de todos os efeitos danosos, abusar das gotinhas diariamente pode causar ainda uma condição chamada rinite medicamentoso: quanto mais se usa o remédio, mais a obstrução nasal piora, uma vez que ele perde o efeito.

Todo ano, quando o frio começa, é quase instintivo recorrer aos descongestionantes nasais.

Somado ao frio, há a seca, que vem acompanhada de poeira, bactérias, ácaros e outros visitantes indesejados que pioram consideravelmente a vida dos alérgicos. O medicamento, embora traga alívio imediato ao nariz entupido, não é tão benéfico quanto parece.

Diderot Parreira, otorrinolaringologista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), explica que o uso indiscriminado do remédio pode ocasionar problemas sérios de saúde.

Os componentes dos descongestionantes nasais causam vaso constrição, ou seja, fecham os vasos do nariz”, explica.

O problema é que isso não ocorre só no nariz. Como eles contraem os vasos sanguíneos, têm um efeito sistêmico no corpo e contraem outros vasos também.

Isso pode causar arritmia, taquicardia, aumento da pressão arterial e outros problemas.”

Para pessoas que sofrem com pressão alta ou que têm algum tipo de problema cardíaco, portanto, os remédios são um perigo.

Segundo Parreira, os descongestionantes nasais estão em terceiro lugar no ranking dos medicamentos com mais efeitos colaterais e uso incorreto, de acordo com dados do Centro de Atendimento Toxicológico de São Paulo.

Além de todos os efeitos danosos, abusar das gotinhas diariamente pode causar ainda uma condição chamada rinite medicamentoso: quanto mais se usa o remédio, mais a obstrução nasal piora, uma vez que ele perde o efeito.

Ao contrário da rinite alérgica, na medicamentosa não há secreções. “Vira um vício que pode fazer com que o paciente perca o olfato”, alerta o médico.

No entanto, o hábito de pingar continuamente o remédio no nariz, além de viciar, mascara um enorme perigo para a saúde do coração.

Em longo prazo, os efeitos dos descongestionantes elevam o risco de trombose e formação de coágulos. Na mucosa nasal, o uso abusivo provoca uma reação inflamatória, fazendo com que seja preciso quantidades cada vez maiores do remédio para se obter bem-estar.

O alívio da congestão nasal é imediato. Por isso, a pessoa acha que está fazendo um grande negócio. Mas é só um paliativo – diz o otorrinolaringologista Jair de Carvalho e Castro, do Hospital Samaritano do Rio.

Segundo o médico, o correto é buscar ajuda para descobrir e tratar a causa do entupimento das narinas, que pode ser sinusite, desvio de septo ou pólipo nasal, entre outras.

Lavar as narinas com soro fisiológico ou solução de água com sal e bicarbonato é uma boa alternativa para aliviar a congestão sem remédios, ensina Jair de Carvalho e Castro.

Para quem já se viciou nos descongestionantes, o tratamento é feito com medicamentos orais e injetáveis que visam à recuperação da mucosa do nariz.

[Imagem: 20130916095216225041a-1.jpg?w=476&h=551]

Alívio para o nariz, risco para o coração


Se para a maioria da população o que conta é o alívio rápido, é bom começar a pensar nas consequências do uso desses medicamentos, optando por soluções menos paliativas e tratamentos mais duradouros.

Isto porque os descongestionantes têm substâncias que contraem os muitos vasos sanguíneos do nariz, que dificultam a respiração quando estão dilatados em decorrência de alergias e gripes.

Quando são usadas sem orientação médica e durante períodos longos, as substâncias vasoconstritoras vão sendo absorvidas pela mucosa nasal e caem na corrente sanguínea, provocando pressão alta e taquicardia.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já alertou a população sobre os perigos da automedicação de congestionantes nasais com vasoconstritores, e até publicou uma lista daqueles que deveriam ser comercializados com tarja vermelha, ou seja, vendidos apenas mediante a prescrição de um médico.

Alguns medicamentos que contém substâncias vasoconstritoras:

  • Neosoro

  • Sinustrate

  • Sorine

  • Adnax

  • Rinoklin


O uso contínuo do medicamento faz com que a mucosa nasal absorva a substância vasoconstritora (fenilefrina, difenidramina, cloridrato de oximetazolina, nafazolina ou cloridrato de nafazolina), levando-os até a corrente sanguínea, aumentando os riscos de Pressão alta e taquicardia.

Nos Estados Unidos, muitos dos descongestionantes favoritos da população não estão mais facilmente disponíveis nas prateleiras, foram para trás do balcão forçando o cliente a fazer o pedido ao farmacêutico, muitas vezes assinando um termo ou mostrando a identidade.

Outras marcas estão tendo suas fórmulas modificadas para minimizar riscos como doenças da tireoide, diabetes ou dificuldade de urinar, além de problemas cardíacos citados acima.

Essas mudanças fizeram parte de um esforço nacional para evitar o consumo de metanfetamina, droga altamente viciante feita a partir da pseudoefedrina, ingrediente ativo de vários descongestionantes.

Alguns laboratórios norte-americanos estão substituindo a pseudoefedrina por fenilefrina, mas como esta não pode ser feita sem a maléfica metanfetamina…

Ou seja, como há poucos estudos sobre o assunto até agora, o melhor mesmo a se fazer é procurar orientação médica sempre, até porque a verdadeira causa da obstrução nasal pode ser outra, ainda desconhecida.

Além disso, a solução mais rápida nem sempre é a melhor.

Quem sabe mudar seus hábitos alimentares, dormir bem e fazer exercícios pelo menos três vezes por semana podem protegê-lo muito mais das alergias e gripes? Fica a dica!

- Uso contínuo de descongestionante pode viciar




Neosoro: mitos e verdades


O Neosoro, assim como outros descongestionantes nasais, são remédios adorados por algumas pessoas e visto com maus olhos por outras.

Esse tipo de medicação é bastante conhecida entre os portadores de doenças respiratórias das vias superiores, como a rinite alérgica, e é cercado de vários boatos.

Esclareça as principais dúvidas sobre o assunto e conheça os mitos e verdades sobre o Neosoro.

[Imagem: 97DaRUm.png]
  • O Neosoro ajuda a dissolver o catarro


Mito. Diferente do que a maioria das pessoas pensa o nariz não entope pelo excesso de secreção acumulada, e por isso simplesmente assuar o nariz não é uma medida capaz de solucionar o problema.

O fato é que o processo inflamatório da alergia, resfriado ou gripe é capaz de provocar uma dilatação dos vasos sanguíneos que irrigam a mucosa nasal, resultando em um inchaço, que provoca obstrução do fluxo de ar.

Esse é um processo natural que funciona como forma de defesa, para que o organismo seja capaz de eliminar todos os germes causadores do problema.
  • Os descongestionantes simulam a ação da adrenalina


Verdade. Os descongestionantes possuem substâncias que atuam de maneira muito semelhante à adrenalina, mas a um nível local, com mínimos efeitos sistêmicos.

Esse fármaco atua provocando a contração dos vasos sanguíneos do nariz, desobstruindo quase que instantaneamente a via respiratória.

[Imagem: 662812-os-descongestionantes-nasais-com-...;amp;h=336]
Os descongestionantes nasais com vasoconstritor não viciam. (Foto: divulgação)

  • O Neosoro vicia


Mito. O vício é algo completamente diferente e que não acontece com o Neosoro.

Na verdade o que ocorre é que, com o uso frequente do produto, a musculatura dos vasos vai deixando de responder ao medicamento, sendo necessário o uso de doses cada vez maiores para se obter o mesmo efeito.

Essa dependência do medicamento recebe o nome de “rinite medicamentosa”, mas não chega a ser considerada um vício.
  • O uso prolongado de Neosoro faz mal à saúde


Verdade. Se utilizado por mais de 3 dias consecutivos, a mucosa nasal, que inicialmente não absorve o fármaco deixando seus efeitos limitados à região utilizada, passa a absorvê-lo cada vez mais.

O resultado é que o remédio acaba indo parar na corrente sanguínea, podendo provocar uma série de problemas à distância, como aumento da frequência cardíaca e da contração dos vasos sanguíneos, levando à hipertensão arterial e sobrecarga cardíaca.

[Imagem: 662812-Alguns-descongestionantes-nasais-...asal.7.jpg]

Apesar de ser um dos remédios mais consumidos no Brasil e aparentemente inocente, o Neosoro, bem como outros descongestionantes nasais com vasoconstritor, devem ser usados com cautela e podem ter efeito maléfico se as recomendações médicas não forem seguidas à risca.

Apesar de não viciar, esse remédio é capaz de causar uma dependência, uma vez que serão necessárias doses cada vez maiores para respirar com alívio.

FONTE: biosemlimite

Não devemos usar sapatos dentro de casa nunca

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Quando você chega em casa, tira os sapatos ou entra calçado?


[Imagem: pes-600x400.jpg]

Se entra calçado, temos uma recomendação: mude já esse hábito.

A maioria dos asiáticos, especialmente os japoneses, anda descalços dentro de casa.

E normalmente, quando chegam em casa, eles tiram o sapato antes de passar pela porta de entrada.

Acha que isso é por acaso?

Não, é fruto de um povo com sabedoria milenar.

E agora os ocidentais, com suas pesquisas científicas, estão começando a entender o hábito dos japoneses.

A Universidade de Houston realizou uma pesquisa e descobriu que 39% dos sapatos continham bactériasC. diff, também conhecidas como Clostridium difficile.

Essa bactéria é uma ameaça pública e resistente a vários antibióticos.

Os problemas que podem ocorrer são diarreia e, o mais grave, a inflamação do cólon.

Outro estudo, desta vez na Universidade de Arizona, descobriu nove formas diferentes de bactérias encontradas na sola dos sapatos.

Para você ter ideia, a parte inferior do calçado é mais suja do que assentos sanitários.

O Dr. Charles Gerba microbiologista e professor resolveu fazer uma experiência para saber até onde isso é grave.

Comprou sapatos novos, usou por apenas duas semanas e encontrou 440.000 unidades de perigosas bactérias que podem provocar, entre outros problemas, pneumonia e infecção respiratória.

A C.diff atinge apenas quatro de cada dez pessoas, mas há muitos outros tipos de bactérias e elas precisam ser evitadas.

Um piso de banheiro público, por exemplo, contém 2 milhões de bactérias por polegada quadrada – o que acontece se você pisar num ambiente desse e depois entrar em casa sem tirar os sapatos?

Consequências ainda mais graves ocorrerão se você tem filhos pequenos em casa, pois eles colocam as mãos no chão, se deitam e rastejam.

Para um bebê de até 2 anos, com o sistema imunológico ainda em formação, isso é um verdadeiro perigo!

Ah, também devemos levar em consideração que o solado do sapato pode acumular resíduos de produtos químicos, germes e agentes patológicos.

Por isso definitivamente aconselhamos você a deixar os calçados do lado de fora da casa.

Alguns ocidentais já têm esse costume de só andarem pela casa descalços.

No entanto, muitas vezes, acabam calçando os sapatos antes de sair, dando algumas voltas no interior da casa.

Não se esqueça desta matéria - e mude o hábito de entrar calçado dentro de casa.

FONTE: curapelanatureza

Como reagir em uma perseguição de carro?

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[Imagem: F9Q1XdW.png]

Os motivos de uma perseguição são os mais variados possíveis.

Como exemplo podemos citar os grupos de criminosos interessados em cometer crimes como sequestros relâmpagos ou assaltos, brigas de trânsito e até mesmo ex-namorados(as) violentos.

A pergunta é: Você sabe como descobrir se alguém está te seguindo? E se estiver, sabe como lidar com esta ameaça?

Fizemos um vídeo bastante dinâmico para ensinar estes métodos, mas não deixe de ler também a matéria abaixo que possui dicas extras. Aí vai:

- Como reagir em uma perseguição de carro?




Agora que você viu o vídeo, vamos entrar nas questões de forma mais profunda e didática.

Independente da situação, ser seguido por um desconhecido sempre é uma situação de risco.

A ameaça pode estar buscando pelo seu endereço residencial, seus pontos vulneráveis ou aprendendo sobre sua rotina.

Contudo, não existe técnica eficiente se você nem mesmo perceber que está sendo seguido, então, vamos começar por este ponto.

Como saber se você está sendo seguido?


Sempre cheque o seu retrovisor: Se você ver o mesmo carro a três carros de distância do seu durante vários minutos, você tem o primeiro indicativo de que alguém está te seguindo.

Assim que este primeiro indicativo surge, você precisa começar a adotar uma postura de segurança. Cheque seu retrovisor a cada 15 ou 30 segundos, este é um espaço de tempo natural e que não apresentará seu comportamento de desconfiança.

O perseguidor pode mudar sua aparência: Colocando óculos ou bonés, colocando luz baixa ou alta no veículo. Sempre decore o modelo e cor do veículo que você suspeita estar seguindo você.

Além disso, adesivos são bons indicadores de identidade também. Se o carro tiver algum tipo de marca, batida ou trincado no vidro você pode ter um elemento confiável de confirmação para saber se é o mesmo carro que está atrás de você.

Dê voltas na mesma quadra: Esta é a próxima estratégia de confirmação que você deve usar. Se após dar duas voltas completas em uma quadra e o carro continuar atrás de você, você tem o segundo indicativo de que alguém está te seguindo.

Pare em um local movimentado: Você pode também, como confirmação auxiliar, parar em um posto de gasolina ou conveniência com boa movimentação de pessoas para verificar se o carro também para ou segue em frente.

Se todos estes passos forem efetuados e você continuar vendo o carro atrás de você, está na hora de adotar uma estratégia de reação.

Como reagir?


Existem algumas técnicas que podem lhe ajudar a despistar aqueles que estão te seguindo.

O ponto chave é que criminosos não querem ser expostos ou colocados em risco, então o seu maior objetivo com as técnicas que vamos te ensinar é mostrar claramente que você sabe que está sendo seguido – ou melhor, mostrar para outras pessoas isso.

1. A técnica de parar no sinal verde: Se você estiver em um semáforo e ele ficar verde, não saia. Naturalmente, as pessoas vão começar a buzinar e ficar bravas, mas além disso, vão começar a tentar desviar do seu carro. O carro que te persegue poderá, para não ficar em evidência, ter de desviar também, perdendo a sua rota;

2. Acelerando em um sinal amarelo: Por mais que o indivíduo esteja lhe perseguindo, ele não pode furar o sinal vermelho pois além de ficar em evidência, poderá levar multas ou bater o carro. Pensando nisso, quando o semáforo estiver amarelo, acelere e passe exatamente quando ele se transforma em vermelho. Isso poderá deixar o criminoso parado enquanto você consegue efetuar sua fuga;

3. Comece a fazer curvas de forma ágil: Não estamos dizendo aqui para você sair cantando pneus, mas comece a fazer várias curvas para direita e esquerda, sem seguir seu caminho habitual. Em algum momento, ele terá de parar antes de você em uma rua preferencial – por exemplo – e acabará ficando para trás;

4. Vá em direção à uma delegacia ou local muito movimentado: Os criminosos precisam de um local mais ermo para agirem. Se você parar em frente à uma delegacia ou um local muito movimentado, dificilmente eles terão atitude para agir pois estarão se colocando em risco;

5. Faça o retorno: Realizar o retorno em uma via movimentada e voltar para o local de onde você veio irá requerer que o veículo que te persegue faça o mesmo, o que com certeza irá deixar clara a movimentação dele.

6. Ligue para a polícia: Se você estiver certo de que está sendo perseguido e percebe que a ameaça está lhe seguindo de forma consistente e potencialmente agressiva, ligue para a polícia. Avise que está sendo seguido e peça instruções de como prosseguir.

Conclusão


Como sempre, dicas de sobrevivência são sempre baseadas em ações simples, mas estrategicamente pensadas.

Seguindo estas dicas simples você poderá escapar de vários tipos de ameaças – basta manter-se atento e calmo.

Você já passou por uma situação como essa? Conhece alguma outra técnica eficiente para lidar com essa ameaça? Nos conte nos comentários!

Esteja preparado.

FONTE: Sobrevivencialismo.com

Plano Ousado quer acabar com Fusos e criar um “HORÁRIO UNIVERSAL”

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PLANO OUSADO QUER ACABAR COM FUSOS E CRIAR UM “HORÁRIO UNIVERSAL”; CUMPRIMENTO PROFÉTICO OU MERA BOBAGEM?


[Imagem: fuso-horario-traduzca.jpg]


Seria este um cumprimento profético dos últimos tempos, ou seria uma mera bobagem de gente que não tem o que fazer?

"E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo." (Daniel 7:25)
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Pesquisadores argumentam que, do ponto de vista da física, só existe um único horário

No verão passado, a Coreia do Norte fez algo meio estranho. No 70.º aniversário de libertação da Coreia da ocupação japonesa, foi feito um pronunciamento pelo estado fechado e autoritário anunciando que ele iria permanentemente atrasar seus relógios em meia hora. O país estava criando o próprio fuso horário: o horário de Pyongyang.

Era um plano que não fazia muito sentido, e muitos o interpretaram, compreensivelmente, como mais um exemplo da falta de lógica que é característica das políticas de Pyongyang. No entanto, o caso também colocou uma outra questão em destaque: o fuso horário é algo que faz pouquíssimo sentido no mundo inteiro.

A Rússia no momento tem 11 fusos, enquanto a China tem só um. Dizem que os espanhóis sofrem de um cansaço constante porque estão no fuso errado. O Nepal, inexplicavelmente, é o único país do mundo a ter um fuso horário com 15 minutos de deslocamento.

Diante desse cenário caótico, seria razoável pensar: será que o próprio fuso horário já não é em si um conceito falho? É o que pensam Steve Hanke e Dick Henry.


A lógica é das mais simples: se for 7 horas da manhã em Washington, D.C., é 7 horas da manhã em qualquer outro lugar do mundo também. Não há fusos. Onde quer que você esteja, a hora é a mesma.

Alguns anos atrás Hanke, um economista de destaque da Johns Hopkins University e pesquisador sênior do think tank do Instituto CATO, e Henry, professor de física e astronomia da Johns Hopkins, se uniram para propor um novo calendário projetado para consertar as deficiências do calendário atual.

O plano foi batizado de “O Calendário Permanente Hanke-Henry”. No mês passado, depois de ler uma notícia do caderno “WorldViews”, do “Washington Post”, sobre o horário de Pyongyang, Hanke veio até nós para detalhar uma outra ideia que ele e Henry esquematizaram, visando pôr ordem no caos causado pelos fusos horários.

O plano era de uma simplicidade chocante. Em vez de tentar regular uma variedade de fusos em todo o mundo, deveríamos, no lugar disso, optar por algo bem mais fácil: acabar com todos os fusos e manter um único “Horário Universal”.


A maioria das pessoas teria que mudar o modo como planejam sua rotina. Em Washington, por exemplo, isso significaria que teríamos que nos acostumar a acordar perto do meio-dia e jantar por volta 1 da manhã .Embora possa simplificar nossas vidas, no fim das contas, o conceito exigiria algumas grandes mudanças no modo como pensamos sobre o tempo. Como todos os relógios ainda seriam sincronizados com base no Tempo Universal Coordenado (o sucessor da Hora de Greenwich que corre no sudeste de Londres), a maioria das pessoas teria que mudar o modo como planejam sua rotina.

Em Washington, por exemplo, isso significaria que teríamos que nos acostumar a acordar perto do meio-dia e jantar por volta 1 da manhã (tudo bem, talvez para algumas pessoas não seja uma mudança muito brusca).

Mas, como defendem Hanke e Henry, em muitos outros aspectos, o novo sistema facilitaria muito a comunicação, a viagem e o comércio em fronteiras internacionais.

O WorldViews recentemente conduziu uma entrevista por e-mail com Hanke e Henry na qual eles explicam porque precisamos nos livrar dos fusos, porque o Horário Universal é um sistema melhor e porque já chegou a hora também para sua proposta para uma reforma no calendário. As respostas se encontram abaixo, com leves edições, pelo bem da clareza (Hanke e Henry deram respostas conjuntas às perguntas).


Sandford Flemming, um engenheiro ferroviário canadense, foi o primeiro a propor um sistema mundial de fuso horário em 1889: as operações gêmeas do vapor e da eletricidade aniquilaram as distâncias e fizeram com que uma reforma fosse necessária. Hoje a operação da internet aniquilou o tempo e o espaço por completo, preparando-nos para a adoção de um horário mundial.Foi mencionado num e-mail anterior que havia cerca de cinco países que alteraram seu fuso horário no ano passado. É um número alto para um único ano?

É a média comum. Essas mudanças continuam indo para lá e para cá como uma bola de futebol política, e tudo isso desapareceria se nossas ideias fossem adotadas.

Então, por que os países alteram seus fusos?

Geralmente é por motivos políticos, às vezes econômicos. Estamos do lado certo da história: Basta olhar para os EUA, onde o horário local em cada cidade era a norma até serem implantadas as ferrovias, então criaram-se os fusos. Sandford Flemming, um engenheiro ferroviário canadense, foi o primeiro a propor um sistema mundial de fuso horário em 1889: as operações gêmeas do vapor e da eletricidade aniquilaram as distâncias e fizeram com que uma reforma fosse necessária. Hoje a operação da internet aniquilou o tempo e o espaço por completo, preparando-nos para a adoção de um horário mundial.

Quais problemas já foram causados pelos fusos ao redor do mundo?

O ex-presidente russo Dmitry Medvedev consolidou o horário da Rússia em alguma medida em 2010, mas essas reformas foram revertidas por Duma em julho de 2014. A implementação mal-feita de uma boa ideia. Agora a Coreia do Norte adotou uma diferença de meia hora em relação ao horário da China e do Japão. A confusão reina! A Indonésia, onde um de nós [Hanke] trabalhou como assessor econômico para o ex-presidente Suharto durante a crise financeira asiática de 1998, é um país de grande território no qual seria bom prestarmos mais atenção, já que eles propuseram abolir dois de seus três fusos por motivos econômicos, o que colocaria a Indonésia no mesmo fuso horário que Cingapura.

Tem algum exemplo de política de fuso horário que lhes pareça particularmente absurdo?

Você está perguntando se alguns desses fios de macarrão são piores do que os outros: não, todos são ruins.

Então, sobre o sistema de Horário Universal: o que os levou a defender essa opção com tanto zelo?

É porque, do ponto de vista da física, só existe UM único horário! E esse princípio da física se alinha com perfeição com os princípios da economia. Esse é precisamente o motivo pelo qual tratamos desse assunto num segmento de um curso na Johns Hopkins sobre economia aplicada.


Mas por que ele funcionaria melhor do que, digamos, regulamentar os fusos de modo que eles combinem melhor com o horário solar local?

O horário solar local funcionava bem, mas só quando quase todas as atividades eram locais! Hoje, muitas são globais e UM único horário se faz necessário. Eu (Henry) lembro de uma vez em que a minha mãe, já com idade avançada, no Canadá, virou para mim e disse: “Ah, que dia quente hoje, 30 graus!”. Se até ela conseguiu se acostumar com a mudança [de medir a temperatura em graus Celsius, em vez de Fahrenheit, como é utilizado nos EUA], qualquer um consegue!

Quais seriam as principais vantagens de um sistema de Horário Universal?

Tem um motivo pelo qual todas as linhas aéreas hoje usam o Horário Universal (o de Greenwich), e é para que os aviões não batam uns nos outros. Todo piloto e navegador sabe que horas são. Hoje, nós passageiros não temos as informações que os pilotos têm e acabamos perdendo voos por conta de problemas de horário e fusos e horário de verão... e o problema não é só com linhas aéreas, mas vídeo-conferências também.

Adam Taylor escreve sobre assuntos estrangeiros para o The Washington Post. Nascido em Londres, é formado pela University of Manchester e pela Columbia University.
Tradução de Adriano Scandolara.

Via: Gazeta do povo

http://www.libertar.in/2016/02/plano-ous...sos-e.html

Estou deixando aqui minha ultima postagem nesse fóum

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Conheci essa mensagem hoje, a aproveito ela pra dar o melhor que tenho aqui, nesse meu ultimo momento junto a vocês.

Espero que façam dela o melhor possível para cada um.

Adeus, estou me desligando definitivamente desse fórum. Obrigado a todos!



Rússia Contra a Nova Ordem Mundial | Desmascarando a Farsa do Estado Islâmico (ISIS)

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EUA e ISRAEL querem colocar um "governo fantoche" na Síria que fica entre Israel e o Irã para ATACÁ-LO, pois precisam do seu espaço aéreo (caso contrário se sobrevoarem a Síria receberão CHUMBO GROSSO da Rússia), para isso criaram o ISIS uma divisão da CIA composta de mercenários, assassinos e criminosos de guerra. O vídeo abaixo ilustra muito bem o que está por trás dos últimos movimentos da Nova ordem Mundial.






Una-se a nós e Lute contra a Nova Ordem Mundial, conheça o Ministério Irmãos do Rei | A Batalha Final: https://www.facebook.com/groups/minis...

Fontes:
http://www.oamanhahoje.com
http://www.jesus-ofilme.com
http://www.tempofinal.com

"Aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça, enriquecendo-vos em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus." (2 Cor 9.10-11)

Apollo 10 ouviu "música estranha" no lado escuro da Lua

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[Imagem: imagem-feita-pela-apollo-10-durante-sobr...15x300.jpg]


A Nasa revelou uma gravação com uma "música estranha", que a equipe da Apollo 10 ouviu em maio de 1969 durante o voo do lado escuro da lua, sem contato de rádio com a Terra.

O comandante do voo, Thomas Stafford, o piloto do módulo de comando, John Young, e o do módulo lunar, Eugene Cernan, fizeram a viagem durante um teste geral antes do primeiro desembarque em 21 de julho de 1969, quando na missão Apollo 11 Neil Armstrong tornou-se o primeiro homem a pisar na lua.

A gravação de assovios agudos - com um total de uma hora de duração - foi apresentada na noite de domingo na série "Os documentos inexplicáveis da Nasa ", do canal de televisão a cabo Discovery Channel.

Os sons foram registrados e transmitidos para o centro de controle, em Houston (Texas, sul), onde foram transcritos e arquivados. O áudio surgiu em 2008 e só pode ser ouvido pelo público agora.

"Você ouviu isso? Esse apito...", diz Eugen Cernan na gravação. "É realmente uma música rara", continua o astronauta, enquanto sua nave sobrevoava o lado escuro da lua a 1.500 metros sem qualquer contato de rádio com a Terra.

Os três astronautas julgaram o fenômeno muito estranho e debateram se informariam seus superiores no centro de controle, por medo de não serem levados a sério e comprometerem seu futuro de participar de novas oportunidades de voos espaciais, segundo a Discovery.

Por mais raros que possam ter sido aqueles sons, não têm uma origem extraterrestre, insistiu a Nasa.

Um engenheiro da agência espacial entrevistado durante o programa explicou que "as rádios das duas naves, o módulo lunar e o módulo de comando (que estavam ancorados) criam interferência entre elas".

Esta explicação foi contestada pelo astronauta Al Worden, comandante do módulo de comando do Apollo 15. "A lógica me diz que se algo foi registrado ali, deve haver algo ali", afirmou no programa.

Bt-horus SC: Inseticida Biológico para o Aedes Aegypti

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[Imagem: 28214-larvicida-no-combate-a-dengue.jpg]


Bt-horus SC é um inseticida biológico especialmente desenvolvido para controlar as larvas do mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti) e das larvas dos borrachudos (Simulium spp.). Seu ingrediente ativo é uma bactéria que ocorre naturalmente no meio ambiente, o Bacillus thuringiensis israelensis (BTI), identificada e caracterizada pelo Banco de Bactérias Entomopatogênicas da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Bt-horus SC é uma suspensão concentrada que contém 12 gramas de BTI por litro de produto e apresenta a potência de 1.200 UTI por miligrama de produto comercial. É apresentado em frascos de 1 litro e bombonas de 5 e 10 litros Esta solução tecnológica foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com outras instituições.

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Achei interessante chamarem o inseticida por este nome.

Fonte:
Embrapa: Bt-horus SC – inseticida biológico

Telescópio da NASA detecta possível sinal de luz vindo da fonte de ondas gravitaciona

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[Imagem: ligo20160211_Tn.jpg]

Um telescópio espacial de raios gama da Nasa parece ter detectado um sinal proveniente do ponto de origem das ondas gravitacionais que surpreenderam a comunidade astronômica mundial no último dia 11.

A afirmação é de Abraham Loeb, pesquisador do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica, nos Estados Unidos. Em artigo aceite para publicação no “Astrophysical Journal Letters”, o astrônomo reporta a detecção de um pulso de raios gama pelo telescópio espacial Fermi no dia 14 de setembro de 2015, gerado apenas 0,4 segundo depois do sinal de ondas gravitacionais detectado pelo LIGO. O pulso teria vindo de uma região do céu consistente com a determinada pelos pesquisadores da colaboração internacional envolvida na histórica descoberta.

O padrão das ondas gravitacionais detectadas sugere que sua origem tenha sido a colisão de dois avantajados buracos negros, um com 29 vezes a massa do Sol e o outro com 36 massas solares. “Uma fusão de dois buracos negros no vácuo não deveria ter nenhuma contraparte eletromagnética”, escreve Loeb em seu artigo. “Mas a natureza algumas vezes é mais imaginativa do que nós.”

Portanto, prepare-se. Se esses raios gama realmente tiveram a mesma origem das ondas gravitacionais, eles nos contam uma história muito louca sobre essa colisão de buracos negros.

UM ENORME PARÊNTESE EXPLICATIVO

Antes, contudo, vamos falar um pouco de ondas gravitacionais, raios gama e buracos negros.

Ondas gravitacionais são uma das predições mais fascinantes da teoria da relatividade. Einstein sugeriu que o espaço é maleável, ele pode se comprimir e se esticar, e que objetos com muita massa que se movem muito depressa, como por exemplo dois buracos negros espiralando um em torno do outro, geram um padrão de ondas no próprio espaço. É como se o espaço fosse a superfície de um lago, e esses objetos imensos fossem uma pedra atirada nele. Ao tocar o espaço, a pedra gera um padrão de ondas, que pode ser detectado à distância, se você tiver, por exemplo, uma boia na beira do lago para medir a flutuação da água. (No nosso caso, a boia seriam as instalações gêmeas do LIGO, capazes de medir pequenas variações no próprio espaço! Para um pouco mais sobre isso, veja o vídeo na sequência.)




Quanto aos raios gama, eles são, em essência, luz. Mas é um tipo de luz que não podemos enxergar, muito mais energético do que os que os nossos olhos podem perceber. Em cientifiquês, luz pode ser descrita como “radiação eletromagnética” e, dependendo da quantidade energia contida nas partículas de luz (ou o comprimento de onda da onda, se você preferir tratá-la como uma onda, em vez de partícula), ela ganha um nome. As menos energéticas são as micro-ondas e o rádio. Em seguida vem o infravermelho, que não podemos ver, mas sentimos como calor. Depois vêm as cores que enxergamos, do vermelho ao violeta. Aí a coisa começa a ficar mais radical, com o ultravioleta (que, se você tomar demais, pode te dar câncer de pele), seguido pelos raios X (o que explica aqueles coletes de chumbo na hora de fazer uma chapa, para não tomar radiação potencialmente cancerígena onde ela não é necessária). E o limite superior, onde a luz tem mais energia, é a faixa dos raios gama. Como você pode imaginar, tomar banho de raios gama não é gostoso (e, a despeito do que você pode ter lido nos quadrinhos, não irá te transformar no Incrível Hulk).

Agora que já estamos na mesma página com relação aos raios gama, vamos falar um cadinho de buracos negros, bem ao estilo “Globo Repórter”: Quem são? Onde vivem? O que fazem?

Um buraco negro é um objeto em que a matéria está tão comprimida, mas tão comprimida, que a gravidade se torna invencível. Então, imagine a Terra, com seus pouco mais de 12 mil quilômetros de diâmetro. Se você esmagar tudo que compõe o nosso planeta até ele caber num espaço equivalente à cabeça de um alfinete, teríamos aí um buraco negro. Isso significa que aquele pequeno pontinho teria tanta gravidade, atraindo tanto o que existe imediatamente ao seu redor, que nada poderia escapar desse puxão gravitacional. Nem mesmo a luz, que viaja na velocidade máxima permitida no Universo: 300 mil km/s. Por isso ele é negro. Se a luz não pode sair dele, você não tem como vê-lo. E por isso também ninguém esperava que a colisão de dois buracos negros no vácuo fosse emitir qualquer tipo de luz. Ela simplesmente não teria como escapar para contar a história.

Certo, não existe nenhum meio conhecido de comprimir a Terra ao tamanho da cabeça de um alfinete. E durante algum tempo depois que os buracos negros foram previstos como uma possibilidade teórica (adivinhe só, por meio da teoria da relatividade geral, a mesma que levou à previsão da existência de ondas gravitacionais), ninguém imaginava que qualquer processo natural fosse capaz de gerá-los. Até que aprendemos como as estrelas funcionam.

Estrelas são basicamente imensas bolas de gás em que duas forças estão num constante duelo. Uma delas tenta comprimi-la com tudo — é a gravidade. E a outra é o processo de fusão nuclear que acontece em seu interior. A pressão no coração da estrela é tão grande que os núcleos atômicos começam a colar uns nos outros, com isso gerando energia que “sopra” a estrela de dentro para fora. Conforme essas duas forças se compensam mutuamente, a estrela permanece estável.

Só que chega uma hora em que não há mais núcleos atômicos que possam ser fundidos. Fundi-los gastaria mais energia do que o processo de fusão gera. Ou seja, acaba a gasolina da estrela. E aí só resta uma força em operação: a gravidade. E o que ela faz? Comprime radicalmente a matéria da estrela.

Se for uma estrela nanica, tipo o Sol, essa compressão para quando a matéria está bem compactada, e o que temos é uma anã branca. Um cadáver de estrela meio estragado (fala-se em matéria degenerada), esfriando lentamente. Se a estrela for um pouco maior, ela pode seguir adiante no processo de compactação e vencer até mesmo as forças eletromagnéticas que mantêm elétrons e prótons separados. Quando isso acontece, temos como resultado uma estrela de nêutrons.

Agora, se a estrela for maior ainda, a gravidade vencerá até mesmo esse limite. Ela pode acabar levando a uma estrela de quarks (os componentes dos nêutrons). E se a situação for ainda mais dramática, não há força conhecida capaz de impedir o colapso completo — é aí que temos um buraco negro. Nada pode impedir a gravidade de levar a termo seu objetivo nefasto: comprimir toda a massa num pontinho muito pequeno. Esse pontinho absurdamente minúsculo, por sua vez, está envolto numa fronteira matemática que marca o ponto de não-retorno — se você cruza essa fronteira, não há mais como escapar da gravidade do buraco negro. Nem se você for a luz. Esse é o chamado horizonte dos eventos.

FIM DO ENORME PARÊNTESE EXPLICATIVO

O que Abraham Loeb está sugerindo é que os dois buracos negros que colidiram nasceram de uma única estrela de altíssima massa. “É o equivalente cósmico de uma mulher grávida carregando gêmeos em sua barriga”, disse Loeb, em nota.

Em circunstâncias normais, uma estrela de alta massa que colapsa produz um único buraco negro (seguindo a receitinha descrita no enorme parêntese explicativo). Mas e se essa estrela imensa tiver sido o produto da colisão anterior de duas estrelas menores? Conforme elas estivessem espiralando para sua colisão, a velocidade de rotação delas iria aumentar brutalmente, gerando uma estrela-grotescamente-grande-que-gira-feito-louca ™.

E o que aconteceria a essa estrela uma vez que acabasse o combustível para a fusão nuclear? Loeb sugere que é possível que o processo de colapso, por conta da superrotação, daria à estrela a forma de um haltere, com dois grandes blocos. E aí cada um desses blocos colapsaria num buraco negro e, por fim, os dois buracos negros espiralariam e colidiriam, formando um só — e produzindo o sinal de ondas gravitacionais detectado pelo LIGO.

E como um colapso desse tipo teria pelo menos parte da matéria original da megaestrela do lado de fora dos buracos negros colapsados (ou seja, além do horizonte dos eventos), a gravidade poderia acelerá-la e fazê-la emitir um sinal de raios gama — que ainda assim teria trabalho para atravessar a matéria circundante que estivesse mais para fora, talvez explicando a diferença de 0,4 segundo entre a detecção das ondas gravitacionais e a do pulso eletromagnético (segundo a teoria, ambos viajam à velocidade da luz).

Incrível, não? Até o último dia 11, ninguém — exceto os participantes da colaboração LIGO — podia sequer afirmar qualquer coisa sobre um evento desses, e agora os cientistas estão nesse frenesi para entender o que rolou. Esse é o nível de empolgação em torno das ondas gravitacionais. É um novo campo da astronomia que se abre.

Agora, uma coisa incomoda nessa história em particular. O sinal de raios gama captado pelo Fermi, da Nasa, não foi detectado pelo Integral, satélite similar, mas da ESA. Sem essa confirmação, não se pode descartar a hipótese de que a detecção do Fermi não passou de um falso positivo, a despeito da coincidência no tempo de 0,4 segundo de diferença. Ou seja, talvez nada disso que acabamos de falar tenha acontecido.

[Imagem: 130173_medium.jpg]

Mas é exatamente assim que a ciência funciona. Observamos um fenômeno, formulamos hipóteses, voltamos a observar para ver se a hipótese é capaz de prever novos desdobramentos, que nos permitirão formular novas hipóteses e reavaliar as antigas, e assim por diante. (Algumas pessoas confundem esse processo de ir refinando hipóteses e aprendendo mais ao longo do caminho com “achômetro”. Mas, se fosse só achômetro, essas pessoas nem teriam computadores para poder externar essa opinião.)

“Mesmo que a detecção do Fermi seja um alarme falso, eventos futuros [detectados pelo] LIGO deveriam ser monitorados para luz independentemente de se eles se originaram da fusão de buracos negros. A natureza sempre pode nos surpreender”, diz Loeb.

E O QUICO?

Ainda que você não tenha uma tara por física de buracos negros, essa história toda oferece uma perspectiva muito interessante. A principal técnica usada para medir distâncias enormes no espaço (na escala de bilhões de anos-luz) é o chamado desvio para o vermelho (redshift) das ondas de luz. É o fato de que a luz, viajando pelo espaço que está em expansão, tem seu comprimento de onda esticado, de forma que ela vai se “avermelhando” pelo caminho (lembre-se do imenso parêntese explicativo: vermelho tem menos energia, ou maior comprimento de onda, que as outras cores visíveis). Quanto mais a luz viaja, mais expansão cósmica ela pega, e mais avermelhada ela fica.

As ondas gravitacionais, por sua vez, permitem fazer uma outra estimativa de distância, baseado na teoria da relatividade: ao modelar o evento que gerou as ondas, podemos estimar a massa dos objetos que as produziram e também seu afastamento de nós. Ou seja, se tivéssemos luz e ondas gravitacionais ao mesmo tempo, teríamos dois parâmetros independentes, de um mesmo evento, para estimar a distância. E com isso poderíamos calibrar nossas outras medidas, baseadas apenas no desvio para o vermelho, e ter uma régua mais precisa para medir a expansão do Universo ao longo do tempo. Ou seja, esses estudos podem nos ajudar a recontar com precisão ainda maior a história e a evolução do cosmos nos últimos 13,8 bilhões de anos.


WFIRST – O sucessor do telescópio espacial Hubble

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A NASA lançou o telescópio espacial Hubble para o espaço em 1990 com o objetivo de explorar o universo profundo. Mais de 25 anos depois e ainda com muito universo para explorar, a NASA está a preparar já a sua linha de sucessão com o WFIRST. A cada nova inovação, a NASA expande os seus limites e demonstra que o conhecimento que detemos hoje em relação ao universo ainda é um pequeno grão de areia. Mais de 25 anos depois do lançamento do Hubble, a agência espacial americana prepara-se para lançar o WFIRST – Wide-Field Infrared Survey Telescope.

[Imagem: 1455546510_345535main_hubble1997_hi.jpg]

Este é um telescópio tão preciso e poderoso como o Hubble mas com 100 vezes o seu campo de visão, com o objetivo de entender melhor a matéria escura e a energia escura que aparenta ser o segredo do universo.

This mission uniquely combines the ability to discover and characterize planets beyond our own solar system with the sensitivity and optics to look wide and deep into the universe in a quest to unravel the mysteries of dark energy and dark matter.

John Grunsfeld, head of NASA’s Science Mission Directorate in Washington, D.C.




WFIRST reforma Hubble

Segundo a NASA, o WFIRST tem duas missões. A primeira é de responder a questões fundamentais sobre a estrutura e evolução do universo e a segunda é de expandir o conhecimento sobre as galáxias para além do sistema solar. Para apoiar nestas missões, a NASA irá lançar para o espaço o Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) em 2017, com o objetivo de encontrar e examinar novos planetas.

Um ano depois, está previsto o lançamento do James Webb Space Telescope (JWST), o verdadeiro herdeiro do Hubble que, após um grande número de atrasos e ajustamento de orçamentos (O projeto vai custar 8 biliões de dólares, ao contrário dos 2 biliões inicialmente orçamentado). Este telescópio terá como objetivo investigar o universo na esperança de descobrir os segredos da sua formação.

Posteriormente, em meados de 2020, a NASA pretende enviar para o espaço o WFIRST, completando assim o círculo de pesquisa. O custo previsto do WFIRST, inicialmente, é de 2 biliões de dólares, mas podendo sofrer alguns ajustes como no caso do JWST.


Som misterioso intriga moradores da cidade americana Forest Grove

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Um ruído metálico e agudo não está deixando os moradores de Forest Grove, um subúrbio da cidade de Portland, no noroeste dos Estados Unidos, dormirem.

E, apesar dos esforços da polícia e dos bombeiros - que chegaram a cortar o fornecimento de luz, o sistema de alarme e a rede de gás -, até agora ainda não foi possível identificar a origem do som perturbador.

"É sem dúvidas um barulho insuportável", disse à rede de TV ABC Dave Nemeyer, chefe do serviço de resgate de Forest Grove, bairro localizado a 40 km do centro de Portland.

"Primeiro, pensamos que era o som dos freios do trem. Mas não havia trilhos por perto. Depois, pensamos que era um vazamento de uma tubulação de gás, mas também não era", acrescentou.

O barulho é uma mescla de um alarme irritante de incêndio com o de uma flauta mais suave. Começou na semana passada, sobretudo durante a noite, e tem afetado também o comportamento dos animais de estimação.


"O ruído é uma combinação de um tom alto e um ambíguo ponto de origem, o que dificulta a possibilidade de identificar de onde ele está vindo", disse o engenheiro de áudio Tobin Cooley, que avaliou o caso a pedido da agência de notícias Reuters.

Mistério
Apesar da análise feita por especialistas – e da ajuda dos bombeiros de Forest Grove, que seguem reunindo pistas para achar a origem do barulho -, ninguém sabe muito bem como continuar com a investigação.

"Há uma ordem de prisão para a pessoa que estiver criando um barulho assim, durante a noite, somente para irritar os vizinhos", disse o capitão da polícia Mike Herbs à imprensa local.

"Mas até o momento não temos informação que nos permita concluir que realmente seja algo premeditado. Continuamos investigando."

Apesar do estresse e da insônia causados pelo barulho, esta não é a primeira vez que um ruído com tais características atormenta o sono dos habitantes de Forest Grove.

Algumas pessoas que viveram na região disseram a vários veículos da imprensa que décadas atrás haviam escutado o mesmo barulho. E alguns até brincaram dizendo que poderia se tratar de um fenômeno extraterrestre. Mas por enquanto, tudo ainda continua um mistério.

http://noticias.terra.com.br/mundo/miste...0w9en.html














TRADUZIDO:

O som agudo pode ser ouvido por blocos. As pessoas notaram que cerca de cinco vezes no mês passado, e recentemente, na quinta de manhã.

Nós levamos a gravação para especialista em áudio Tobin Cooley, que mediu-o com um medidor de nível de som. Ele disse que fica cheio de convites à apresentação de sons misteriosos, mas este é de longe o mais desconcertante.

"Soa como uma espécie de gás pressurizado ou ar através de uma conexão ou válvula ou algo assim", disse Cooley. "Não é estado estável e não é possível prever quando isso vai acontecer."


http://katu.com/news/local/audio-experts...ighborhood


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E tem esse vídeo no twitter, sinistro!

https://twitter.com/chrisliedle/status/6...wsrc%5Etfw

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Você gera conhecimento?

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[Imagem: gestao_do_conhecimento.jpg]


Inicio esse tópico para abordar um assunto que a muito observo aqui no fórum e no meu dia a dia, quero falar sobre "informação".

Muitas são as fontes de informação disponíveis; temos a internet, jornais, revistas, fontes diretas (um conhecido te conta algo), e tantas outras que correria o risco de não mencionar alguma se tentasse exaurir esse ponto.

A grande questão é: "Você usa as informações que tem para gerar conhecimento?". Complicou? Embora "informação" e "conhecimento" aparentem ser a mesma coisa, não são. Podemos dizer que informação é um "dado" que você coleta de qualquer uma das fontes citadas e que, após relacionado e contextualizado se transforma em conhecimento.

Acontece que muitas das vezes somos distraídos por uma infinidade de informações (dados) que estão disponíveis e não nos atentamos para simples hábitos que podem nos ajudar a construir conhecimento. E construir conhecimento até em muitas das vezes que julgamos uma informação ruim ou mentirosa; hora, se a informação é ruim ou mentirosa ela já pode lhe fornecer informações uma vez que a mesma teve que se basear em uma verdade como referencia.

Para não me alongar muito aqui e deixar a discussão em aberto gostaria de recomendar aos usuários que criem alguns hábitos os quais são:

*Documente as informações que coletou.
Qualquer informação que chegue as suas mãos deve ser esmiuçada em um simples arquivo de texto de forma que esta possa ser contextualizada.

*Mantenha cópias locais dos arquivos aos quais tenha tido acesso e que você considere úteis. Um bom exemplo é o site "http://www.clipconverter.cc/pt/" no qual você pode baixar vídeos da internet em formato streaming, como exemplo o youtube.

*Pesquise boas referencias, sites confiáveis (Não é regra, também obtemos informações a partir de sites desconhecidos. Lembra? A mentira muitas vezes foi construida em cima de verdades)

*Compartilhe informação e troque ideias com outras pessoas sobre o assunto, ninguém produz conhecimento para si mesmo.
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